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    Publicado em 13 de Agosto às 23:24:48

    TAESA (TAEE11) | Resultado 2T25: Dever de casa feito!

    A Taesa reportou resultados em linha com as nossas estimativas e com o consenso. A companhia conseguiu reportar um avanço no EBITDA regulatório na comparação anual (em +5,3%), em razão de uma receita mais forte com a entrada de Pitiguari e reforços da Novatrans, parcialmente compensadas por um custo mais alto, especialmente com maior volume de provisões. Entendemos que os principais fatores a sere observados são: (i) o monitoramento da alavancagem (em 4,1x Dívida Líquida/EBITDA) e (ii) desenvolvimento dos seus projetos. Nesse trimestre, o primeiro fator se manteve estável, apesar do avanço na receita com entrada comercial de um projeto, o que classificamos como algo positivo, embora não transformacional para a performance da companhia. Como comentamos, o patamar de endividamento é um ponto de atenção, e esse fator está diretamente correlacionado à um dos principais desafios da companhia: a expansão da transmissora em novos ativos.

    Embora operacionalmente a Taesa esteja apresentando incrementos, quando olhamos para o valuation observamos: (i) o maior nível de alavancagem comparada aos pares, (ii) baixo número novos de projetos e (iii) menor prazo médio de concessão como detratores de valor. A companhia também anunciou a distribuição de dividendos de R$299 milhões (R$0,87/unit), um yield de 3% sobre o atual preço do papel. Com TIR Real de 9,8% (vs. 7,2% das NTN-Bs 2045), vemos ainda pouca para atratividade e gatilhos de valor para a ação, reiterando a nossa recomendação de MANTER.

    Detalhamento dos resultados

    A companhia reportou uma receita líquida regulatória de R$621 milhões, alta de +7,2% a/a. O aumento se deve principalmente pelo (i) aumento da Receita de Transmissão em função do início da operação comercial de Pitiguari e reforços da Novatrans, (ii) incremento pontual da Revisão Tarifária Periódica (RTP), (iii) redução da parcela variável e (iv) reajuste positivo do IPCA no ciclo RAP 2024-2025 para concessões de categoria 3. Houve também uma contrapartida negativa parcial, devido ao reajuste negativo do IPG-M no mesmo ciclo para concessões de categoria 2.

    Os custos e despesas (caixa) foram de -R$100 milhões, um aumento de +5,3% a/a. Em pessoal, os custos aumentaram +2,8% a/a, principalmente pelo reajuste salarial, parcialmente compensado pela reestruturação organizacional realizada no início do ano e reajuste não recorrente de provisão de encargos previdenciários. O maior aumento, no entanto, foi na linha de “outros”, onde a companhia reportou uma alta de +116% referente às (i) maiores provisões de contingências cíveis, (ii) reversão de provisões de contingências trabalhistas (no 2T24, o que o torna uma base de comparação difícil) e (iii) eventos não recorrentes no trimestre. Dessa forma, a companhia divulgou um EBITDA ajustado regulatório de R$503 milhões, uma alta de +3,4% a/a. A margem ficou em 83%, praticamente estável a/a.

    resultado financeiro totalizou -R$227 milhões, um incremento de +11,9% a/a. O resultado pior veio principalmente em um função de uma maior pressão em juros incorridos (+14,0% a/a) e variações monetárias e cambiais (sem efeito caixa, com aumento de 16,1% a/a).

    O endividamento da companhia foi de 4,1x Dívida Líquida/EBITDA, em linha com o 1T25. A Taesa aumentou o caixa em 11,7% t/t com (i) 1° emissão de debêntures de Aimorés e Paraguaçu no valor de R$700 milhões, (ii) pela geração de caixa e (iii) recebimento de dividendos das suas participações. O aumento foi compensado pelas (i) amortizações e juros, (ii) CAPEX (investimentos de R$480 milhões) e (iii) R$191 milhões em proventos pagos em Maio/2025. Além disso, a companhia aprovou R$299 milhões (R$0,87/Unit), o que representa um yield de 3% sobre o preço atual. Assim, o lucro líquido regulatório foi de R$299 milhões, uma alta de +1,8% a/a.

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