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    Publicado em 04 de Maio às 08:06:42

    TAESA (TAEE11) | Resultado 1T23: Pagando caro sem justificativa.

    Pagando caro sem justificativa.

    Reiteramos nossa recomendação de MANTER para as ações da TAESA. Como é característica da empresa, nesse trimestre a Taesa apresentou novamente um resultado operacional em linha com as expectativas do mercado, reforçando o que já falamos outras vezes sobre a empresa de ter qualidade operacional e entregar o que se espera em termos de geração de valor. Apesar disso, alguns fatores nos chamam a atenção, como:

    I) O RUMOR que circulou dias atrás, apontando para uma possível capitalização da empresa que, em nossa visão, seria negativo, uma vez que, visto os altos níveis de dividendos que a empresa pagou nos últimos anos, uma capitalização nesse momento passa a sensação de uma gestão não tão eficiente na alocação dos recursos da companhia, além de diluir a atual base de acionistas e dos custos da operação.

    II) A Taesa, em nossas estimativas, já se encontra precificada, negociando com um prêmio em relação a seus pares, sem fundamentos superiores ou maior capacidade de execução que justifique esse prêmio fora o pagamento de dividendos acima de seus concorrentes.

    III) A empresa é a mais alavancada dentre os pares (3,9x Dívida Líquida/EBITDA 12M), em um cenário de juros altos e com um leilão de transmissão à vista. Aliado a isso, temos 60% da receita da companhia atrelada ao IGPM, que vem arrefecendo nos últimos meses. Acrescenta-se o fato da empresa ter o menor prazo de concessão médio dentre as empresas do segmento.

    Pelas nossas estimativas, vemos a empresa negociando com uma Taxa Interna de Retorno Implícita de 8,5% em termos reais, contra 5,95% das NTN-Bs 2045, assim, aliado aos motivos listados acima, aos atuais níveis de preço não vemos razões para uma recomendação mais agressiva ao papel, reiterando nossa recomendação de MANTER.

    Detalhamento dos resultados 1T23

    EBITDA acima de nossas expectativas e do consenso. A empresa reportou um EBITDA regulatório de R$521,9 milhões no trimestre, aumento de 15% com relação ao 1T22. O aumento se deve ao reajuste inflacionário do ciclo RAP 2022-2023 e a entrada parcial de Sant’Ana ao longo de 2022.

    Com relação aos custos e despesas, esses se mantiveram praticamente estável com relação ao 1T22, em R$76 milhões, aumento de 6,4%, explicado majoritariamente pelo reajuste salarial.

    O resultado financeira totalizou R$282 milhões, 23,6% maior na comparação anual, explicado pelo aumento da dívida dentro do período, aliado ao momento de juros altos que estamos vivenciando.

    A dívida bruta da companhia totalizou R$9.404 milhões, 14,8% maior que o trimestre anterior. O caixa
    da companhia ficou em R$1.050,3 milhões, registrando uma queda de 3,9% no trimestre e resultando em uma dívida líquida de R$8.354 milhões, 17,6% maior que o 4T22. Assim, a Taesa fecha o trimestre com uma relação dívida líquida/EBITDA de 3,9x, a maior dentre os pares.

    Por fim, o lucro líquido registrado foi de R$215 milhões, aumento de 47% com relação ao 1T22.

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