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    Publicado em 08 de Maio às 00:06:16

    TAESA (TAEE11) | Resultado 1T25: IGPM deve dar aquela forcinha!

    Reiteramos nossa recomendação de MANTER para as ações da TAESA. A empresa reportou números razoavelmente em linha com o consenso e nossas estimativas. Entretanto, consideramos alguns pontos devem ser ressaltados tendo em vista uma eventual avaliação de nossas estimativas. Como principais destaques positivos em relação as nossas estimativas atuais, citamos: I) Receita: energização de Reforços & Melhorias da TSN (+RAP de R$38,9 milhões), II) IGPM acumulado 12M de 8,5% em maio/25 vs IPCA de 5,48% Maio/25. Vale mencionar que a empresa tem c. 60% das suas Receitas Anuais Permitidas dos seus contratos ajustados pelo IGPM. Sendo assim, o próximo reajuste de contratos das linhas de transmissão deve trazer um descompasso positivo entre receita e custos (que evoluem majoritariamente a IPCA) para o case da empresa e III) boa performance em todas as linhas de custos/PMSO, resultado em uma redução de 0,7% a/a nos custos totais ex efeitos não-recorrentes mesmo com uma inflação acumulada de 5,5% nos últimos doze meses. Sendo assim, tudo mais constante (taxa de desconto/juros, por exemplo) vemos um cenário com upside risk do ponto de vista operacional em relação as nossas esitmativas.

    Como falamos em relatórios passados, para além de dados financeiros e operacionais, o fator que julgamos mais importante no momento é a alavancagem da companhia. Nesse trimestre, a alavancagem atingiu 4,1x Dívida Líquida/EBITDA (ligeiramente acima do 4T24, onde o endividamento ficou em 4,0x), maior nível do setor. A Taesa além de possuir o maior nível de alavancagem, o que a limita em termos de adquirir novos projetos, também possui o menor número novos de projetos em andamento e o menor prazo médio de concessão remanescente. Por último, a empresa anunciou a distribuição de dividendos de R$188 milhões (R$0,55/unit), implicando em um rendimento de 1,57% em relação ao atual preço de fechamento.

    Veamos a empresa negociando com uma Taxa Interna de Retorno Implícita de 9% em termos reais, contra 7,2% das NTN-Bs 2045, aos atuais níveis de preço não vemos razões para uma recomendação mais agressiva ao papel, reiterando nossa recomendação de MANTER, esperando por um momento mais oportuno para entrar no papel.

    Detalhamento dos resultados

    A empresa reportou uma receita líquida regulatória de R$663 milhões no trimestre, crescimento a/a de +3,7%. Apesar do reajuste negativo no aniversário de contrato passado devido a queda no IGPM à época, a evolução da receita nesse trimestre se deu devido aos reforços e melhorias que foram energizados no período e energização parcial (20%) de um dos seus projetos em desenvolvimento.

    Com relação aos custos e despesas ex-depreciação, houve uma expressiva queda de -10,8% a/a, alcançando R$88,3 no 1T25 devido a uma série de medidas reestruturantes tocadas pela empresa e alguns impactos pontuais no 1T24, que acabaram por elevar os custos totais no período. Considerando apenas os eventos recorrentes, a queda no PMSO teria sido de -0,7% a/a, ainda assim interessante devido. O EBITDA do trimestre foi de R$509 milhões e margem de 85,2%, incremento de 6,9% a/a e +240 bps a/a.

    resultado financeiro totalizou -R$ 344 milhões, 14% acima da comparação anual. A linha foi negativamente impactada devido a menor posição de caixa, maior volume de dívida tendo em vista a necessidade de investimentos da empresa no período e maior impacto cambial (R$141 milhões vs R$124 milhões). A empresa investiu R$267 milhões no período, +247% a/a devido a fase mais aguda de desenvolvimento dos projetos.

    dívida Líquida da companhia totalizou R$9,5 bilhões, 5% maior que o trimestre anterior. Assim, a Taesa fecha o trimestre com uma relação dívida líquida/EBITDA de 4.1x, 0,1x acima do trimestre anterior e a maior dentre os pares. Por fim, o lucro líquido registrado foi de R$188 milhões, queda de -0,7% com relação ao 1T24.

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