TAESA

    Ações > Energia > TAESA > Relatório > TAESA (TAEE11) | Resultado 3T23: Dividendo para quem gosta!

    Publicado em 09 de Novembro às 00:54:07

    TAESA (TAEE11) | Resultado 3T23: Dividendo para quem gosta!

    Novo anúncio de dividendos

    Reiteramos nossa recomendação de MANTER para as ações da TAESA. Apesar de os resultados financeiros ligeiramente abaixo das expectativas de mercado, em termos operacionais, a companhia reforça aquilo que já falamos outras vezes sobre possuir qualidade operacional e entregar o que se espera em termos de geração de valor. Apesar disso, alguns fatores continuam nos chamando a atenção, como:  

    I) A Taesa, pelas nossas estimativas, já se encontrar negociando em seu preço justo, sem apresentar resultados e fundamentos que possam vir a acrescentar valor a companhia, como a aquisição de novos lotes.  

    II) A empresa é a mais alavancada dentre os pares (3,7x Dívida Líquida/EBITDA 12M), em um cenário de juros altos. Junto a isso, vemos a empresa com o menor prazo de concessão médio dentre as empresas do segmento, sem projetos novos no pipeline de investimentos para adicionar perspectivas de crescimento de receita. E por fim, para complementar, temos 60% da receita da companhia atrelada ao IGPM, que vem arrefecendo nos últimos meses, inclusive apresentando deflação.

    Apesar do novo anúncio de dividendos, no valor de R$0,59/unit, um dividend yield de 1,6% (data ex: 13/11), pelas nossas estimativas, com a empresa negociando com uma Taxa Interna de Retorno Implícita de 7,7% em termos reais, contra 5,89% das NTN-Bs 2045, aos atuais níveis de preço não vemos razões para uma recomendação mais agressiva ao papel, reiterando nossa recomendação de MANTER.

    Detalhamento dos resultados

    A empresa reportou uma receita líquida regulatória de R$606,5 milhões no trimestre, aumento de 3,9% com relação ao 3T22. Para além do reajuste inflacionário do ciclo RAP 2022-2023, o aumento é devido a entrada operacional de Saíra e Sant’Ana. É válido lembrar que as linhas ajustadas pelo IPCA tiveram reajuste de +3,94%, enquanto as linhas reajustadas pelo IGPM apresentaram reajuste negativo de -4,50%.

    Com relação aos custos e despesas, houve um aumento de 22%, totalizando R$104 milhões, explicado pelo reajuste salarial, aumento do quadro de funcionários e aumento de serviços de terceiros. O resultado financeiro totalizou menos R$182 milhões, 113% acima da comparação anual, explicado pelo aumento dos juros incorridos no período, e menor rendimento de aplicações financeiras.

    A dívida bruta da companhia totalizou R$10.160 milhões, 6,5% maior que o trimestre anterior. O caixa da companhia ficou em R$1.686 milhões, resultando em uma dívida líquida de R$8.474 milhões, 3,3% maior que o 2T23. Assim, a Taesa fecha o trimestre com uma relação dívida líquida/EBITDA de 3,7x, a maior dentre os pares.

    Por fim, o lucro líquido registrado foi de R$330 milhões, aumento de 11,6% com relação ao 3T22. Ressaltamos que não achamos o resultado negativo, apenas que a empresa se encontra precificada e, sem justificativas para negociar acima de seu valor justo.

    Acesse o disclaimer.

    Leitura Dinâmica

    Recomendações

      Vale a pena conferir