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    Publicado em 14 de Julho às 22:50:49

    TIM (TIMS3): Prévia de Resultados do 2T22

    A TIM deve apresentar um crescimento de receita propiciado sobretudo pelos repasses de preços observados no 2T22. Já dos lados dos custos ela tende a sentir o impacto da situação macroeconômica mais desafiadora, juntamente com toda a questão da transição dos clientes e da infraestrutura da Oi Móvel para a TIM (considerando também o aluguel do serviço da I-Systems), pressionando as margens. Ainda assim, o potencial de destrave de valor com a aquisição da Oi Móvel ultrapassa qualquer custo adicional proveniente da transação neste trimestre e, portanto, julgamos que o trimestre seja positivo, mantendo a recomendação de COMPRAR.

    Expectativa de resultados

    Receita

    Dentro deste 2T22, projetamos para a companhia uma receita total de R$ 4,8b (+1,9% t/t e +9,3% a/a), puxado sobretudo pelos serviços móveis, enquanto o lado do fixo não apresentou grandes novidades, permanecendo relativamente estável.

    Serviços Móveis. Responsável por 90,7% da receita da companhia no 1T22, observamos para este 2T22 repasses de preços no pré de forma indireta (através da alteração da recarga mínima, por exemplo) e de forma mais direta no pós-pago com um aumento de cerca de +10%. A estratégia continua sendo manter uma base de mais alto valor focando nas adições brutas que geram maiores rentabilidades, mesmo que haja potencialmente um queda nas adições líquidas. Por isso, é esperado um churn mais elevado neste trimestre, sobretudo com a questão dos repasses.

    Em termos de adições líquidas (pessoas que entram subtraídas das que saem), o número de clientes no pós deve continuar crescendo porém a ritmos mais leves. No pré, por sua vez, assumimos adições negativas, mas isso não exatamente se configura como um problema, tendo em vista que a empresa vem adotando a política de “value over volume“. É importante salientar que muito provalvemente teremos updates na base de clientes na divulgação do resultado do 2T22 já incorporando uma parcela da base da própria Oi.

    Ainda na receita móvel, há a parte de Plataforma de Clientes que se relaciona com publicidades móveis e algumas parcerias da TIM com outras empresas: junto ao setor financeiro via banco C6 e ao setor de educação utilizando-se da modalidade EAD com a plataforma Ampli do grupo Cogna e, mais recentemente, com a FS (como visto no TIM Day).

    Estimamos uma receita de R$ 4,4b (+2,0% t/t e +9,3% a/a) na parte móvel, como reflexo desses reajustes.

    Serviços Fixos. Representando 6,3% da receita total, a parte de serviços fixos, sobretudo em banda larga, por possuir um preço médio mais elevado é um serviço mais susceptível às variações macroeconômicas, sobretudo em épocas de inflação. Considerando os números da própria Anatel (relativamente estáveis em abril frente a março) e o foco majoritário da empresa no móvel envolvendo toda a questão da transição da base de clientes da Oi para a TIM, a expectativa é que não haja grandes mudanças na parte dos fixos. Projetamos para os fixos uma receita de R$ 293m (-1,3% t/t e +3,6% a/a).

    Receita de aparelhos. Com os grandes avanços da vacinação ao longo dos últimos meses e a reabertura das lojas, a situação da venda de aparelhos deve continuar crescendo, mas ainda sentindo os impactos dentro da cadeia logística, sobretudo na falta de semicondutores. Estimamos uma receita de R$ 151m (+5,0% t/t e +7,1% a/a).

    Custos

    A expectativa é de que haja um aumento dos custos totais, vinculados sobretudo aos: 1) custos adicionais provenientes de toda parte burocrática referente à transação da Oi, bem como o processo de migração de rede e clientes da base da Oi; 2) aluguéis com a rede de fibra neutra da I-Systems cujos impactos já são integrais e que é uma realidade desde o fim do ano; 3) o impacto da inflação com custos de pessoal e 4) maiores gastos com propagandas e publicidades de modo geral.

    Dessa forma, estimamos um custo total de R$ 2,6b (+1,2% t/t e +14,3% a/a).

    EBITDA e Lucro

    A receita não deve acompanhar o mesmo crescimento de custos e, portanto, estimamos uma compressão de margem neste 2T22 na comparação anual atingindo 45,2% (+0,33 pp t/t e -2,43 pp a/a), evidenciada por um EBITDA de R$ 2,2b (+2,6% t/t e +3,7% a/a).

    Do lado do lucro a empresa deve se beneficiar tendo em vista a declaração de JCP (R$ 270m) que é dedutível da base tributável e, portanto, apresentar um lucro de R$ 494m (+18,0% t/t e -27,5% a/a).

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