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    Publicado em 20 de Abril às 12:43:19

    Usiminas (USIM5) | 1T22: Apresentando margens mais pressionadas

    A Usiminas apresentou resultado abaixo do esperado pela Genial: seus números no 1T22 vieram abaixo das estimativas em quase todos os indicadores de maiores relevâncias: receita, EBITDA e lucro. A queda na receita reflete uma menor participação da mineração em virtude das chuvas o que por sua vez provocou volume inferior de produção e consequentemente de vendas.

    Já na parte dos custos, de modo geral todos os segmentos foram fortemente afetados, por exemplo pelos preços das commodities, com carvão e minério de ferro em preços elevados, sem contar o aumento dos preços do petróleo aumentando custo de transporte, dentre outros. Os números detalhados podem ser observados a seguir, bem como a quebra dos resultados por segmentos.

    Mineração

    A produção de minério de ferro no 1T22 totalizou 1,7 Mt, representando uma queda de -13% a.a e -30% t.t, culminando com um total de vendas de 1,6 Mt também caindo -17% a.a e -38% t.t.

    Do lado de receita, este segmento obteve R$ 812m (-45,1% a.a e -12,7% t.t). Dentre os principais fatores de pressão ficaram o menor volume produzido em razão das chuvas (efeito sazonal) e a depreciação do dólar, enquanto do outro lado da balança se beneficiou de uma elevação no preço do minério.

    Para os custos houve um aumento do custo-caixa (cash-cost) de produção por tonelada, alcançando R$ 112,7/t vs R$ 92,6/t no 4T21. Os aumentos se dão em virtude de uma redução do volume produzido, gerando menor diluição dos custos fixos, de reajustes de contratos operacionais e da nova configuração operativa com a entrada da planta de filtragem de rejeitos. Em virtude ainda do menor volume de vendas exportadas, o CPV (Custo de Produtos Vendidos) caiu 31,4% t.t, atingindo os R$ 409m.

    Já as despesas SG&A (Vendas, Gerais e Administrativas) apresentaram queda frente ao 4T21, sobretudo devido a menores despesas com pessoal e encargos sociais (que geralmente são maiores em fim de ano).

    Por fim, a empresa registrou um EBITDA de R$ 356m (-67,3% a.a e +33,9% t.t), com uma margem EBITDA de 43,9% (+15,3 p.p t.t).

    Siderurgia

    A produção de aço bruto na usina de Ipatinga foi de 677 Kt (-13% a.a e -6,4% t.t), o de placas adquiridas foi de 451 Kt (-33% a.a e -3% t.t) enquanto a produção de laminados das usinas de Cubatão e Ipatinga totalizou 1091 Kt (-16% a.a -6,4% t.t)

    O total de vendas foi de 1135 Kt de aço (+6,6% t.t), com 76% destinado ao mercado interno e 24% para o externo.

    A receita foi de R$ 6,9b (+20,1% a.a e +0,3% t.t), semelhante ao do 4T21, enquanto os custos foram maiores em virtude da elevação dos preços do carvão, coque, energia e combustíveis, evidenciado por um CPV de R$ 5,8b (+30,5% a.a e +6,7% t.t)

    As despesas com vendas cresceram com os maiores níveis de exportação, enquanto despesas gerais e administrativas caíram, pelas mesmas razões vistas na mineração.

    Dentro da linha de Outras receitas (despesas) operacionais, a empresa registrou -R$ 83m (vs R$ 542m no 4T21), pois no fim de 2021 houve o reconhecimento de créditos tributários e receita relativa à reversão de passivo atuarial, o que não ocorreu no 1T22.

    Devido a esses fatores, o EBITDA foi de R$ 1,3b (-24,4% a.a e -44,1% t.t), com uma margem de 19,0% (-15,1 p.p t.t).

    Transformação do Aço

    A receita no 1T22 foi de R$ 2,1b (+22,6% a.a e +6,9% t.t) como resultado de um maior volume de vendas +11,4% t.t. O CPV foi de R$ 2,0b (+36,0% aa e +5,3% t.t).

    O EBITDA foi de R$ 67m (+R$ 68m frente ao 4T21), obtendo uma margem de 3,1% (+3,2% p.p t.t).

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