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    Publicado em 11 de Novembro às 17:31:59

    Valid (VALD3) | 3T21: Com maior foco, EBITDA bate recorde depois do susto pandêmico

    Melhora estrutural e volta de volumetria impulsiona rentabilidade

     

    O resultado do 3T21 de Valid, no qual a empresa atingiu receita e EBITDA recordes, reforçaram a nossa tese de recuperação de curto-médio prazo para a companhia, movimento que na nossa visão deverá se estender para 2022. O lucro recorrente de R$ 35,7m veio 21,5% acima das nossas expectativas de R$ 29m e o EBITDA superou em 21,2% o número que tínhamos no modelo. O grande driver do bom resultado foi a retomada dos volumes de negócios que impulsionaram as receitas, cujo avanço foi de 11,7% a/a e 7,8% t/t, e consequente diluição dos custos fixos gerando margens semelhantes ao pré-pandemia.  

    Considerando as dinâmicas positivas com a volta de volumes represados, estratégia mais contundente de diversificação das receitas sem perder o foco nos principais negócios que geram caixa para financiar de forma rentável as promissoras novas avenidas de crescimento, processo de restruturação e corte de custos adicionais, somada a um valuation atraente, estamos mais animados com a tese de investimento da Valid, justificando nossa recente mudança de recomendação de MANTER para COMPRAR no relatório de prévia do resultado. Na nossa avaliação, o excelente resultado apresentado no 3T21 fortalece a nossa recomendação, dada a continuidade de boas dinâmicas nas diferentes linhas de negócio, principalmente LATAM, redução expressiva do endividamento e otimização da estrutura fabril.

     A Valid sofreu fortes impactos nos volumes e margens com a pandemia, tendo em vista o fechamento de unidades do Detran e Poupa Tempo, que realizam as emissões de documentos. Tal linha de negócio, denominada VGS pela companhia, representa 60% da margem consolidada, e portanto, a normalização da demanda poderá continuar ajudando receitas em margens no 4T21 e 2022. Além disso, o represamento de emissões poderá gerar um volume de emissões maior do que períodos pré-pandêmicos no curto prazo, potencial já observado na acelerada recuperação de receitas de 59,9% a/a e 43,7% t/t no segmento VGS. A linha de negócio já atingiu um volume superior a 90% do observado no pré-pandemia, com crescimento de emissão de 82,5% a/a e 29,5% t/t. 

    Pontos Positivos

    • Retomada de volumetria de emissão de documentos. Com reabertura de unidades do Dentran e Poupa Tempo, haverá retomada de demanda de emissão de documentos, cujo volume estava represado. Por ser o segmento de maior contribuição para a margem, houve recuperação de valores pré-pandêmicos. Volume cresceu 60% a/a impulsionando receita e margens.  
    • Continuidade de tendência de emissão de cartões. Receitas de segmento de emissão de cartões (VBS) avançaram 18,1% a/a, caindo 4,1% t/t. O crescimento anual decorre do aquecimento da demanda por cartões de crédito no segmento bancário, que representa 2/3 da receita do VBS, por parte bancos tradicionais, digitais e fintechs. 
    • Novas linhas de negócio crescendo acima da receita. Novas linhas de negócio digitais, que a Valid chama de VDS tiveram receitas avançando 39,7% a/a e 12,3% t/t, impulsionando o EBITDA acumulado do ano a ficar positivo. Crescimento acima das receitas totais contribuem para a tese de diversificação de receitas da companhia, que será testada a partir de 2026 quando a mudança no prazo de validade da CNH terá impacto sobre volumes do VGS e consequentemente margens. 
    • Telecom com margens boas. Na vertical Internacional, o negócio de Telco com contratos de longo prazo, continua surfando a falta de demanda de chips global. No longo prazo, a migração do 4G para o 5G deve continuar impulsionar os volumes.  
    • Receita financeira. As receitas financeiras do 3T21 zeraram despesas observadas no 2T21, influenciadas pela variação cambial de um saldo a pagar com a filial Espanha. 

    Pontos Negativos

    • Performance mais fraca em segmentos internacionais. As receitas líquidas da operação no EUA ficaram em linha com 2T21 e decréscimo 6,8% a/a. A apreciação cambial de 3% a/a e 2% t/t no trimestre jogaram contra linhas de negócios internacionais. Já em Telco, a queda dos volumes gerou uma retração de 12,4% a/a das receitas. 
    • Margens no VBS sofrem. Impactados pela retração da unidade na Argentina e alta de preço de matéria-prima, o negócio de cartões sofreu compressão de margem EBITDA.  
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