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    Publicado em 18 de Fevereiro às 20:00:27

    Vamos (VAMO3) | 4T21: De olho na rentabilidade dos investimentos…

    A Vamos apresentou volumes muito fortes, próximos às estimativas do mercado e um pouco abaixo das nossas expectativas. A receita líquida no 4T21 de R$ 807 milhões foi 90,7% maior do que a apresentada no 4T20 e 3% inferior à reportada no 3T21. O EBITDA de R$ 301 milhões foi 3,1% maior que no trimestre passado, com ganho de 2,4p.p. de margem.

    Destaque para o segmento de aluguel de caminhões, beneficiado pelo aumento de tarifas e dos volumes, atingiu frota locada de 26,5k (+30% vs. 3T21). A receita futura contratada já soma R$ 6,9bi, mais que o dobro em relação a 2020. Nos últimos 12 meses, observamos uma forte aceleração do ROIC, saindo da faixa dos 11,5% para 14,9% anualizando o 4T21,

    Embora o resultado não tenha surpreendido, os indicadores financeiros tiveram um expressivo crescimento comparado com o mesmo trimestre do ano anterior. A Vamos tem se beneficiado do aumento do preço dos caminhões usados, melhorando a margem bruta na venda dos ativos, que também se reflete em uma redução na depreciação.

    O ciclo de juros não favorável para os negócios, se refletiu em custo de capital mais elevado no período, ressaltamos que os contratos da Vamos seguem sendo reajustados anualmente, em sua maior parte a IGPM.

    Além disso, considerando a margem bruta de seminovos reportada (28,5%) sobre o valor pago nos ativos que já estão locados (R$ 5bi) a empresa teria um ganho instantâneo de R$ 1,4 bi devido ao aumento do preço de veículos no país, o que pode dar mais tranquilidade a empresa para cobrir suas despesas financeiras.

    Pontos Positivos

    Como pontos positivos, destacamos o aumento no Yield (Receita de Locação/Preço de Compra dos Ativos) atingindo 2,73%. O aumento no indicador é reflete não só a valorização dos ativos como também o aumento do custo de oportunidade de investimentos no período, que acaba elevando a mensalidade média dos contratos. Além disso, conforme descrito pela empresa, a nova duração média dos contratos é de 65 meses, versus 60 meses do ciclo anterior. Destacamos ainda a renovação de 80% dos contratos, com os novos ajustes inflacionários e receita contratada de mais de R$ 6,9 bilhões, um crescimento de +120% frente a 2020.

    Pontos Negativos

    Como pontos negativos, destacamos o nível mais baixo de investimentos, que segunda a empresa possuí um componente sazonal. A expectativa da empresa é de que esse baixo nível deve ser compensado no 1T22, estimando mais de R$ 1 bilhão de CAPEX logo no 1T22. Além disso, houve desaceleração nas outras unidades de negócios, Concessionárias caindo 24,7% em relação ao 3T21 e Customização caindo EBITDA em 90,8% em relação ao 3T21.

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