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    Publicado em 25 de Abril às 22:29:18

    Indústria | Prévia de Resultados 1T22: WEGE3 e AERI3

    Esperamos que os resultados das empresas do setor industrial sejam mais modestos na comparação trimestral. Os indicadores setoriais mostram que o ano de 2022 iniciou com desempenho pior, na comparação com o mesmo período de 2021, e abaixo das nossas expectativas. Desde o 4T21, as exportações apontam para uma desaceleração da atividade industrial. Os maiores impactos, em termos de redução de pedidos, estão em segmentos ligados ao consumo das famílias, como motores comerciais. Os investimentos ligados aos setores agrícolas de construção civil continuam em crescimento.

    No trimestre passado observamos reduções de volume, porém agora, enxergamos um ambiente muito mais hostil ao repasse de preços, o que deve prejudicar as margens das empresas. A componente cambial, devido à valorização do real frente ao dólar ao longo do trimestre, deve se refletir em quedas nas receitas no mercado externo.

    Seguimos monitorando os aumentos dos preços do cobre, aço, materiais compósitos e a desorganização na cadeia de suprimentos, que seguem desafiando a manutenção de margens das empresas.

    Do lado de máquinas, o mercado global de commodities e a carteira de pedidos construída ao longo dos últimos anos, deve garantir a manutenção das receitas nos produtos de ciclo longo. Do lado de renováveis, observamos aumentos relevantes dos custos de materiais. No segmento de energia solar/fotovoltaica o acréscimo de capacidade instalada foi relevante, diferentemente do segmento de energia eólica, que deve apresentar um desempenho fraco na comparação trimestral.

    O crescimento de capacidade instalada na fonte de geração solar segue sendo puxado pelo novo Marco Legal de Geração Distribuída, devido à isenção de encargos nas instalações realizadas até 6 de janeiro de 2023. Os novos investimentos nas fontes de energia solar e eólica ainda se mostram promissores e apontam para um crescimento robusto nos próximos anos, seguimos otimistas. A entrada de projetos para energia eólica offshore no Brasil pode gerar revisões em nossas projeções.

    De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o Brasil tem uma capacidade de cerca de 700 GW. Considerando apenas as áreas de maior viabilidade, o potencial é de quatro vezes o total de energia do Brasil de hoje para todas as outras fontes.

    WEG (WEGE3)

    Esperamos resultados levemente inferiores aos reportados no 4T21, com redução nas margens. Os aumentos dos custos das matérias-primas e os volumes fortes de geração solar e eólica (produtos menos verticalizados) devem contribuir para a queda de margens mais uma vez. No mercado interno, o destaque negativo deve ficar no segmento de motores comerciais, refletindo uma redução da carteira de pedidos que vinha sendo observada desde o fim do ano passado.  O destaque positivo, mais uma vez, deve ficar com o segmento de energia no mercado interno.  Nesse segmento, os ventos seguem favoráveis, tanto para produtos de ciclo curto (kits de geração solar) quanto para os produtos de ciclo longo relacionados a geração e transmissão.

    O mercado de commodities se manteve aquecido, a sólida da carteira de pedidos construída nos últimos anos deve garantir bons volumes vindos dos segmentos de mineração, óleo & gás, papel & celulose.  O desempenho no mercado externo, pode vir pior em termos de margem em decorrência do cenário de inflação desafiador em todas as regiões de atuação. Diferentemente do trimestre passado, dessa vez o câmbio joga contra devido ao câmbio médio quase 8% abaixo do visto no último trimestre.

    Aeris (AERI3)

    Esperamos resultados modestos, com volumes prejudicados, porém com margens mais altas. Mais uma vez o resultado operacional deve ficar abaixo do reportado no trimestre anterior. O problema de projeto reportado pela Simens Gamesa no último trimestre deve impactar novamente os volumes de forma negativa. Acreditamos que o movimento de aumento do CPV por pá seja mais acentuado neste trimestre. Com um percentual maior de linhas maduras em execução e novos ajustes de preço de alguns contratos esperamos reflexos positivos nas margens.

    Estamos projetando uma entrega de sets 7,3% inferior ao 4T21, ou seja, 156 sets, com queda na capacidade fornecida frente ao 4T21, de 709 MW para 657MW no 1T22. A queda no total de MW, também é reflexo do problema mencionado anteriormente.

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