Nossa visão: a parceria entre a Petrobras e a WEG no setor de energia eólica promete trazer benefícios significativos para a WEG, abrindo as portas para a expansão no mercado offshore no país e podendo impulsionar a participação de mercado da WEG no segmento eólico no Brasil. Além disso, empresas associadas à cadeia de suprimentos, como a Aeris, também podem se beneficiar desse crescimento projetado. Entendemos que possa não ser o melhor para a Petrobras, mas na nossa visão, para as WEG e Aeris essa ambição da petroleira de liderar o setor de energia eólica no Brasil adiciona um elemento de otimismo para o futuro desse mercado no país.
O fato
A WEG firmou uma parceria estratégica com a Petrobras que envolve um investimento substancial de aproximadamente R$ 130 milhões nos próximos 25 meses. Neste projeto em andamento, a WEG está encarregada da construção e testes de um protótipo, com contrapartidas técnicas e comerciais significativas para a Petrobras. Vale lembrar que o desenvolvimento do aerogerador de 7 MW já estava em execução. A expectativa é que a produção em série desses equipamentos comece a partir de 2025.
Além de sua contribuição fundamental para a expansão da energia eólica onshore no Brasil com o desenvolvimento do aerogerador de 7 MW, a parceria entre a WEG e a Petrobras também inclui uma colaboração estratégica na avaliação da cadeia de suprimentos e logística relacionadas à geração de energia eólica offshore no país. Essa cooperação promete ser um marco importante no avanço das energias renováveis no Brasil.
WEG (WEGE3)
Julgamos o fato positivo para WEG, visto que pode aumentar ainda mais o volume de aerogeradores produzidos e impulsionar o ganho de participação de mercado da WEG no segmento eólico no Brasil. A empresa possui as capacidades necessárias para desenvolver essas turbinas eólicas para offshore e, com o apoio financeiro da Petrobras e do BNDES, pode mitigar os riscos de pesquisa e desenvolvimento.
Petrobras e WEG realizaram uma coletiva hoje juntamente com Harry Schmelzer Jr e João Paulo Gualberto da Silva, CEO e diretor superintendente da WEG energia, respectivamente. A petrolífera tem a ambição de se tornar a maior desenvolvedora de projetos de eólica offshore do Brasil, investindo e realizando parcerias com grandes empresas.
Recentemente, Petrobras e a Equinor anunciaram a assinatura de uma carta de intenções que expande ainda mais a colaboração entre as duas empresas no setor de energia eólica offshore no Brasil. A parceria visa avaliar a viabilidade técnico-econômica e ambiental de sete projetos de geração de energia eólica offshore na costa brasileira.
Aeris (AERI3)
Sendo a principal fornecedora de pás eólicas da WEG, a Aeris pode ser beneficiada com a parceria entre WEG e Petrobras. O possível acordo pode ser um ótimo gatilho para a empresa voltar a observar seu potencial de ordens contratadas subir. Os projetos anunciados entre Petrobras e a Equinor têm um potencial impressionante de gerar até 14,5 GW de energia, mais de 2x o atual potencial de ordens cobertas por contratos de longo prazo da Aeris, marcando um avanço significativo no desenvolvimento do setor de energias renováveis no país.