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    Publicado em 14 de Julho às 20:18:35

    Weg (WEGE3) | Prévia de Resultados 2T23: Trimestre melhor, margens ainda fortes!

    Acreditamos que WEG irá reportar resultados um pouco melhores na comparação com o 1T23. Mesmo com o câmbio médio inferior em relação ao trimestre passado, esperamos uma receita robusta, suportada principalmente pela boa carteira de pedidos construída nos últimos anos. Voltamos a observar melhora nos volumes de exportação de máquinas no Brasil e fortes volumes em T&D tanto nos EUA quanto no mercado doméstico. A composição do mix favorável e o movimento de estabilização de custos devem contribuir para mais um trimestre com margens operacionais acima dos 20%.

    Diversificação ajuda a equilibrar: Quando olhamos para os dados divulgados pela Abimaq e comparamos com a dinâmica observada nos últimos trimestres, percebemos que os fortes volumes no mercado externo mais uma vez ajudaram a suavizar o enfraquecimento das vendas no mercado doméstico. Até maio, as exportações do setor acumulam alta de 23%, com destaque para o segmento de petróleo que registrou crescimento de 148% no ano e atingiu 9% do total das vendas do setor de máquinas. Reforçamos que a diversificação de produtos e setores de atuação são a chave para a manutenção do crescimento sustentável da companhia, mesmo em cenário globalmente desafiador como esse que estamos vivendo.

    GTD ainda deve ser prejudicado por solar

    Em janeiro de 2023, tivemos o fim do prazo de homologação de projetos de geração distribuída que teriam isenção de taxas de distribuição. Lembramos que durante 2022, boa parte da demanda por placas solares foi potencializada por um efeito de pre buy, portanto é natural que a demanda arrefeça após o fim da isenção. Assim como vimos nos resultados do 1T23, o resultado da divisão de GTD deve continuar sendo penalizado pelo segmento de energia solar, perdendo sua representatividade em relação à receita total. Quando olhamos para os volumes de placas solares chinesas importadas pelo Brasil nos meses de abril e maio, confirmamos a desaceleração sequencial do segmento.

    Sazonalidade joga a favor

    Historicamente observamos que o último trimestre do ano geralmente apresenta um desempenho superior em relação ao primeiro trimestre do ano seguinte. Isso ocorre devido à concentração de entregas de projetos nesse período, gerando uma sazonalidade e aumento nas receitas. No entanto, devido à pandemia e suas consequências nas cadeias de suprimentos e dinâmica de negócios, houve uma alteração nessa tendência nos anos de 2021 e 2022. Agora no 2T23 a tendência, baseada no passado, é de que tenhamos uma retomada.

    Câmbio compensado pelo volume

    O câmbio médio do 2T23 foi de aproximadamente R$ 4,91, sendo 5,5% menor do que o observado no primeiro trimestre. No entanto, se por um lado tivemos um dólar mais baixo, por outro, tivemos um aumento expressivo de cerca de 9,5% no volume de exportações de máquinas. Isso na nossa visão deve ajudar a manter os níveis de receita dos segmentos de motores (Eletroeletrônicos Industriais e Comerciais e Appliance) estáveis.

    Custos e matéria-prima

    Quando olhamos para os insumos, o terremoto que atingiu a Turquia em meados de fevereiro, gerou redução de ~30% da produção de aço interna do país, fazendo com que o preço do aço subisse consideravelmente no primeiro trimestre. Como o giro de estoque de aproximadamente 90 dias, os custos mais altos do aço no 1T23 podem impactar negativamente as margens do 2T23.

    Em contrapartida, continuamos observando volumes mais fracos no solar, que possui uma margem mais baixa do que a média da companhia, e a maior participação de produtos de ciclo longo nos resultados.

    Essa junção de fatores nos faz crer que parte dos ganhos de margens obtidos através dos maiores volumes de exportação e mix favorável, podem ser contrabalanceados por uma margem bruta marginalmente menor frente ao 1T23, estimamos que de 1p.p.

    Para o 2T23, estimamos uma receita líquida de R$ 7,7 bilhões (+7,7% a/a e +0,6% t/t) e um EBITDA de R$ 1,6 bilhão (+29,1% a/a e -3,9% t/t), com um lucro líquido de R$ 1,3 bilhão (+41,5%% a/a e -1,1% t/t).

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