Recomendação
Seguimos com a recomendação de COMPRA em RRRP3. Em geral, achamos o resultado fraco do ponto de vista estritamente operacional. Como principais pontos, citamos: I) as prévias relacionadas à queda da produção do Polo Macau por questões pontuais já antecipavam o que viria no trimestre em termos de evolução de receita, II) A consolidação dos ativos cujo as aquisições foram concluídas nesse trimestre também impõe uma dor de curto prazo à empresa a medida que os ativos vem com uma estrutura de custos ainda não otimizada e sem o impacto correspondente em receita derivada do aumento de produção e, por último, III) aumento da estrutura corporativa/pessoal da empresa para receber a consolidação de todas as operações. No limite, vemos todos esses pontos como comuns ao momento da empresa. Entretanto, para além do resultado estritamente operacional, nossa confiança no case da empresa advém do momento de consolidação dos ativos – e que deve ser seguido por um aumento da produção em um prazo de tempo relativamente curto, se considerarmos o que já foi feito nos ativos adquiridos via-a-vis um valuation ainda descontado (RRRP3 negocia a EV/P2 US$ 4,2 vs US$7 pares com operações na américa latina). Esperamos que o próximo trimestre já observemos números mais interessantes à medida que a produção de Macau já deve ter sido retomada (ainda que parcialmente), vamos poder ver os números “cheios” dos polos recém adquiridos e, quem sabe, consolidação de novos ativos a depender da celeridade da ANP.
Detalhamento 2T22
EBITDA abaixo do consenso. A receita alcançou R$399 milhões (6,5% vs 4T21), uma evolução de receita aquém do potencial do trimestre tendo em vista a parada operacional do campo de Macau (para maiores detalhes, por favor, clique aqui – “Dados de Produção Junho/22”), que acabou por afetar os volumes vendidos do trimestre e trazer uma menor diluição de custos do ativo. O preço médio de venda ficou em US$102,7/barril (US$93,8/barril no 1T22). Os custos dos produtos vendidos apresentaram uma ligeira queda mesmo com a incorporação do Polo Recôncavo devido a reversão de depreciação e créditos de ICMS. Despesas gerais e ADM aumentaram 13% devido a contratação de novos profissionais para atender o novo porte da empresa. Empresa fechou o 2T22 com um EBITDA de R$205milhões (+3,7% vs 1T22), abaixo do consenso e das nossas estimativas. Com o ainda pesado resultado financeiro (-R$132 milhões no 2T22 vs -R$295 milhões no 1T22) derivado dos contratos de hedge de petróleo da empresa (setados na casa dos US$60-US$70/barril), o lucro líquido foi de R$32 milhões, revertendo o prejuízo do 1T22.