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    Publicado em 24 de Março às 08:10:34

    Aliansce Sonae (ALSO3) | Resultado 4T22: Financeiro poluído, mas operacional bom

    Aliansce Sonae e brMalls concluíram em janeiro de 2023 o processo de fusão e divulgaram os resultados referente ao 4T22. Ambas as empresas apresentaram prejuízos relacionado a despesas não recorrentes referentes à fusão, o que acabou pesando sobre o lucro. As vendas apesar de terem sido impactadas pela copa do mundo permaneceram positivas. Apesar do financeiro ter vindo abaixo das nossas expectativas, enxergamos o operacional positivamente. Além dos resultados do trimestre, a Aliansce revisou a expectativa de sinergias operacionais de R$ 160m/ano até 2028 para um intervalo de R$ 180-210m/ano . Vemos a fusão transcorrendo bem, com claras tentativas de captura de sinergias em despesas administrativas e financeiras (vide emissões recentes) em um curto intervalo de tempo. A companhia também divulgou um crescimento do SSR de 15,7% a/a e de 18,8% a/a nas vendas nos meses de jan e fev, o que é razoável em um cenário econômico fraco do país (lembrando que o crescimento de vendas do 1T22 vs 1T19 foi de ~9%, sendo menor que estes 9% em jan/fev e 13,7% em março).

    Detalhamento Aliansce Sonae

    A empresa teve um prejuízo de R$ 16,9m pressionada pelas despesas não recorrentes referente a fusão com brMalls. A receita líquida veio em RS 293m (+5,4% a/a, -1,0% vs esperado), desempenho atribuído a performance da receita de locação (+10% a/a) junto com o resultado de estacionamentos (+18,3 % a/a). O NOI chegou a R$ 262m (+8,3% a/a, vs. R$ 255m esperado), com uma margem de 89,6%, já o EBITDA veio em R$ 203m, abaixo da nossa expectativa de R$ 229m devido a despesas administrativas mais altas do que o esperado, impactadas por rescisões relacionadas à fusão. Apesar do 4T22 ter sido impactado pela copa do mundo o desempenho de vendas permaneceu positivo com R$ 5,0 b o que representa um crescimento de 11,9% a/a e 12,3% vs 4T19, abaixo do crescimento de pares como Multiplan e Iguatemi, mas justificável pelo público alvo dos seus shoppings e já esperado por investidores. A taxa de ocupação da Aliansce Sonae foi de 97,4% no 4T22, a mais alta desde a fusão com Sonae Sierra, além disso a inadimplência seguiu em território negativo pela recuperação de aluguéis em atraso, o que também permitiu uma redução dos descontos nos aluguéis para o menor nível desde 2019. Ademais, despesas relacionadas à fusão no total de R$ 113m mais altas do que o esperado e despesas financeiras não-recorrentes levaram a um prejuízo de R$ 16,9m (vs. lucro esperado de R$ 34m).

    Detalhamento brMalls

    A receita líquida totalizou em RS 462,1 m (+31,1% a/a), destacando as linhas de malls que alcançaram uma margem de 62,2% a/a. O NOI chegou a R$ 409 m (+24,6% a/a), já o EBITDA veio em R$257,9 milhões, com uma alta de 36,6% a/a. Assim como a Aliansce as vendas permaneceram positivas mesmo com os eventos não recorrentes como a copa do mundo, com mais de 70% dos shoppings apresentando um crescimento de vendas acima dos dois dígitos. A empresa do mesmo modo da Aliansce teve um prejuízo de R$ 18,4 m relacionado a despesas de fusão (remuneração em ações aos administradores e assessoria da fusão), venda de ativos e reestruturação de dívidas.

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