ALLOS

    Ações > Imobiliário > ALLOS > Relatório > Allos (ALOS3) | Resultado 3T25: Vento de proa (temporário?)

    Publicado em 12 de Novembro às 23:50:40

    Allos (ALOS3) | Resultado 3T25: Vento de proa (temporário?)

    A Allos reportou resultados mistos no 3T25. De forma geral, entendemos que os resultados operacionais dos shoppings vêm mostrando sinais de desaceleração, evidenciados pela redução do crescimento real no same store sales (SSS) e pelo leve aumento no custo de ocupação. Assim, embora o same store rent (SSR) tenha sido comparativamente maior em relação ao 3T24, acreditamos que a sustentação de uma tendência mais robusta de repasses pode se tornar cada vez mais difícil. No entanto, ressaltamos que, com a recente aprovação da isenção de imposto de renda para ganhos de até R$ 5.000 mensais, é possível observarmos um avanço relevante nos níveis de consumo ao longo de 2026 – movimento que, por sua vez, pode elevar o ritmo de vendas e reverter a tendência atual, permitindo que a companhia volte a aplicar repasses mais relevantes ao longo do próximo ano. Dito isso, seguimos com nossa recomendação de compra.

    Em termos operacionais, a companhia segue apresentando um desempenho robusto, apesar do efeito de desaceleração observado. O SSR reportado no trimestre foi de 6,5%, o que representa um ganho real de 1,3% nos repasses de aluguel no período. Já as vendas dos shoppings totalizaram R$ 9,9 bilhões no trimestre (+5,5% a/a), enquanto o SSS foi de 2,9%, indicando uma perda real de 2,6% ao se considerar a inflação do período. A ocupação e o custo de ocupação permaneceram praticamente estáveis em relação ao 3T24, em 96,5% e 10,5%, respectivamente, representando um aumento aproximado de 10 bps a/a em ambos os casos.

    Já em termos financeiros, a receita líquida totalizou R$ 663 milhões (+5,2% a/a), enquanto o NOI reportado somou R$ 585,9 milhões (+7,8% a/a), resultando em uma margem de 93,4% (+80 bps a/a), o que mostra que, apesar de uma modesta desaceleração, a companhia vem conseguindo se tornar mais eficiente operacionalmente. O lucro líquido totalizou R$ 109 milhões (+17,4% a/a), enquanto o FFO reportado foi de R$ 305 milhões (+3,5% a/a), implicando margem de 46% (-77 bps a/a), impactada principalmente pelo aumento das despesas financeiras devido à elevação da taxa de juros no período.

    Por fim, destacamos o anúncio da companhia em relação ao guidance de dividendos e CAPEX previstos para 2026, que praticamente triplica o atual nível de distribuição mensal – o que implica em yields mensais entre 1% e 1,1% -, além de reduzir em R$ 100 milhões, em relação ao ano corrente, os investimentos previstos, devido a um cenário macroeconômico mais adverso.

    Acesse o disclaimer.

    Leitura Dinâmica

    Recomendações

      Vale a pena conferir