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    Publicado em 21 de Março às 07:47:52

    Cemig (CMIG4) | Resultado 4T24: Operando Sem Reinventar a Roda!

    Continuamos com a recomendação de MANTER para as ações da CEMIG. A empresa reportou um incremento de receita líquida robusto. No resultado desse trimestre, fica claro que a companhia tem apresentado avanços em seu negócio principal: distribuição. Apesar do EBITDA mais fraco na comparação anual, vale ressaltar que há impactos de uma base mais forte no 4T23, sobretudo no segmento de comercialização. Esse impacto mais negativo ficou com a Cemig GT, que foi impacta pela maior exposição ao mercado de curto prazo. Olhando as expectativas de mercado, entendemos que a performance na receita foi positiva, ainda que o resultado tenha sido poluído por outras linhas de negócios e a já comentada base mais forte no 4T23. Destrinchamos mais abaixo detalhes financeiros do resultado.

    Detalhamento dos Resultados

    A companhia apresentou um robusto crescimento de +12% a/a na receita líquida, totalizando R$11,2 bilhões, quase +20% acima do consenso do mercado. A receita foi composta principalmente pela distribuição (R$7,6 bilhões) e comercialização (R$1,9 bilhão). Na distribuição, a empresa conseguiu um aumento de dois dígitos tanto na visão trimestral, quanto anual. O fornecimento bruto de energia cresceu +16% t/t e +12% a/a. Dois fatores impulsionaram a principal atividade da companhia: (i) o reflexo do já realizado reajuste tarifário (+7%) e (ii) progresso da base de clientes em +2% a/a.

    A empresa reportou um EBITDA ajustado de R$1,9 bilhão, -11% a/a e -10% abaixo estimativas de mercado. A Cemig D, responsável pelo negócio de distribuição, teve um EBITDA de R$958 milhões, +19% a/a. O resultado mais robusto veio principalmente em função da redução de perdas de energia em 10% a/a. Entretanto, as demais linhas de negócios da companhia diluíram esse resultado. A Cemig GT apresentou uma redução de 38% a/a em seu EBITDA, com (i) maior exposição ao mercado de curto prazo, (ii) piora no resultado de equivalência patrimonial, com pior resultado de Belo Monte e sem o incremento da Aliança, pós sua venda e (iii) um volume de energia vendido menor em -6% a/a.

    Os custos e despesas operacionais alcançaram R$9,7 bilhões (vs R$7,9 bilhões no 4T23). O principal efeito nessa linha está atrelado ao aumento do custo da energia elétrica comprada para revenda (+965,8 milhões). O resultado com pessoal apresentou uma queda de -5% a/a, chegando em R$332,5 milhões. Há também um impacto das obrigações pós-emprego no 4T24 foi uma despesa no montante de R$121,8 milhões vs. R$161,3 milhões no 4T23.

    A alavancagem da companhia encerrou o ano em 1,3x Dívida Líquida/EBITDA Ajustado. No trimestre, a Cemig realizou a liquidação de Eurobonds. A companhia apresenta um patamar saudável de endividamento.

    Por fim, o lucro líquido ajustado da empresa foi de R$1,2 bilhão, uma queda de -31% a/a. Os fatores de maior implicação foram: (i) a queda de -61% a/a na comercialização, vinda de uma base muito forte do 4T23, (ii) equivalência patrimonial menor, como já citado anteriormente, (iii) robusto resultado da Cemig D, com incremento de +R$52 milhões e (iv) menor lucro da Gasmig, reduzindo em R$26,2 milhões, o resultado consolidado.

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