EBITDA acima do consenso, mas case pouco inspirador!
Copasa (CSMG3): Alterando a recomendação para COMPRAR. Nossa alteração de recomendação é baseada meramente nos níveis de avaliação que a CSMG3 está negociando atualmente (3x EV/EBITDA 22E, TIR implícita de aproximadamente 12% em termos reais vs NTN-Bs oferecendo c. 6% em termos reais) – ou seja, barata demais para ser desprezada. Do ponto de vista operacional, não achamos o case brilhante – longe disso. Apesar dos frutos derivados do recente programa de demissão voluntária (que trouxe um início de economias interessantes na linha de custos com pessoal), ainda observamos um case operando muito aquém em níveis de rentabilidade ótima e com um nível de investimentos abaixo do que é planejado pela própria empresa em termos históricos: neste 1º semestre de 2022, investiu apenas R$481 milhões, apenas 35% do total que é esperado pro ano (R$1,350 bilhões), o que acaba por prejudicar a operação e as revisões tarifárias da empresa (que reconhecem na base de remuneração regulatória os investimentos pregressos entre um ciclo tarifário e outro). Apesar dos pesares, como grande gatilho de valor de curto prazo para o case, observamos a eventual reeleição do Governador Romeu Zema, que deve ter mais experiência administrativa e conseguir maior sucesso no processo de privatizações do estado de Minas Gerais (para maiores informações, clique aqui).
Copasa (CSMG3): EBITDA acima do consenso!
Copasa reportou um EBITDA de R$492 milhões. Em nossa leitura, os dois grandes destaques positivos do 2T22 da empresa vieram da linha de pessoal, que apresentou uma queda de -3,6% a/a depois do Programa de Desligamento Voluntário Incentivado (PDVI) realizado pela empresa, que contou com a adesão de 1,1k funcionários, representando uma redução de 10% do total do quadro de funcionários da empresa. Ou linha positiva foi aquela responsável pelas perdas das contas a receber, que caíram 36,9% a/a. Mesmo com uma performance desapontante da receita líquida da empresa (R$1,4 bilhões, +2,6% a/a), tendo em vista com o que aconteceu na linha de custos operacionais, o EBITDA acabou por vir acima das estimativas do consenso do mercado. Resultado financeiro foi negativo em R$80 milhões (revertendo o resultado positivo de R$3,1 milhões no 2T21) devido aos impactos das variações cambiais negativas e maior despesa com juros oriundo da evolução da dívida e aumento do juros sobre os financiamentos. O lucro líquido ficou em R$180 milhões no 2T22, uma queda de 23,9% a/a.