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    Publicado em 09 de Novembro às 01:02:08

    Cury (CURY3) | Resultado 3T22: Justificando sua escalação para a seleção

    A Cury continua a apresentar resultados trimestrais surpreendentes, andando na contramão do mercado de construtoras econômicas. Enquanto seus pares tiveram margem bruta estáveis ou até em queda no comparativo trimestral, a Cury fez diferente e cresceu a margem bruta em 1,6p.p. no comparativo trimestral. Mesmo depois de subir 45% desde o último resultado, entendemos que a Cury segue descontada, sendo negociada a 6,4x P/E 2023E (vs 4,9x no trimestre passado) e com uma bela perspectiva para 2023, quando a inflação de construção civil deve seguir arrefecendo e a demanda deve continuar forte. Lembramos também que a Cury é uma das 11 ações da Seleção Genial, divulgada ontem.

    Detalhamento 3T22

    A receita líquida veio muito em linha com a nossa expectativa, atingindo R$ 627m (+4,0% t/t e +37,3% a/a) puxada pelo crescimento das vendas líquidas, que saltaram 33,9% entre os 9 primeiros meses de 2021 vs 2022 (R$ 1784m vs R$ 2389m). Todo esse crescimento no último ano veio sem detrimento à VSO trimestral, que continua acima dos 40%, apesar do aumento significativo dos preços de vendas, que cresceram 16% a/a. Destacamos também que neste trimestre as vendas dentro do Grupo 2 do Programa Casa Verde e Amarela (PCVA) atingiram seu patamar mais baixo desde o IPO, com apenas 3% do VGV vendido nessa faixa, que demonstra como o produto Cury tem boa aceitação e demanda em faixas de renda mais alta – um resultado do seu excelente landbank e qualidade dos produtos.

    O estoque da Cury também mostrou uma tendência muito saudável: o estoque de unidades com lançamento há mais de um ano caiu para apenas 16,9% do VGV (vs. 20,3% no 2T22). No mais, como destacamos anteriormente, a margem bruta nos surpreendeu com um crescimento de 1,6p.p., acompanhada pelo crescimento da margem REF em mesma magnitude, atingindo 42,1%. As despesas operacionais vieram em linha com o que esperávamos, crescendo 15,4% t/t muito por conta do crescimento do tamanho da companhia.

    O endividamento da Cury segue muito saudável, apresentando um caixa líquido de R$ 179m, um queda de R$ 102m no comparativo trimestral por conta do pagamento de R$ 150m em dividendos e da forte geração de caixa operacional. Assim, entendemos que a Cury está protegida da taxa de juros em praticamente todas as frentes: nas vendas, parte dos juros é subsidiada pelo PCVA e parte (dentro do SBPE) é pouco impactada pela Selic após ultrapassar os 8,5%; no resultado financeiro, a posição de caixa líquido neutraliza quase todo o impacto no lucro. Em suma, o lucro líquido da Cury apresentou um crescimento significativo de quase 10% t/t, levando a um ROE dos últimos 12 meses de 51% (que esperamos continuar crescendo de forma a ultrapassar os 60% em 2023).

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