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    Publicado em 05 de Agosto às 23:08:17

    Iguatemi (IGTI11) | Resultado 2T25: Resultados sólidos ainda em meio a distorções

    A Iguatemi divulgou resultados sólidos e superiores, do ponto de vista operacional, aos de seu principal comparável, a Multiplan, no 2T25. O Same Store Sales (SSS) avançou 12,1% na comparação anual, desempenho significativamente superior ao IPCA no período, de 5,35%. Já o Same Store Rent (SSR) teve alta de 10,4%, o que representa um ganho real de 5,4 p.p. frente ao reajuste médio aplicado com base no IGP-M. A taxa de ocupação alcançou 96,4%, um dos maiores níveis históricos para um segundo trimestre, enquanto o custo de ocupação recuou para 10,5%, uma queda de 0,4 p.p. na comparação anual, o que, na prática, reforça o espaço que a companhia ainda possui para repassar aumentos de aluguel sem comprometer a saúde financeira dos lojistas. Adicionalmente, a inadimplência líquida permaneceu em patamares historicamente baixos, refletindo o bom momento vivido pelo setor de shoppings.

    Com isso, entendemos que a Iguatemi segue bem posicionada independentemente do cenário macroeconômico que venha a se materializar nos próximos trimestres. Em um ambiente de continuidade do crescimento do consumo, a companhia tende a acelerar o repasse de preços nos contratos de locação, capturando ganhos reais de aluguel com maior agilidade. Por outro lado, mesmo diante de uma eventual desaceleração econômica moderada, vemos a empresa com margem para acomodar ajustes, uma vez que seus principais indicadores operacionais — como taxa de ocupação, inadimplência e custo de ocupação — ainda se encontram em níveis historicamente elevados, o que dá resiliência e capacidade de absorver oscilações de curto prazo sem comprometer a performance estrutural dos ativos.

    No 2T25, a Iguatemi apresentou receita líquida de R$ 397,7m, alta de 32,0% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os números reportados incluem os efeitos da consolidação das recentes aquisições de participação nos shoppings Pátio Paulista e Pátio Higienópolis, bem como o impacto do ganho de capital de R$ 139,1m decorrente da venda parcial dos ativos Market Place e Galleria. Já o FFO recorrente — que exclui os efeitos não recorrentes, como o ganho de capital e os resultados dos parceiros — foi de R$ 141,2m, com margem de 36,3%, representando uma queda de 8,2% na base anual. O lucro líquido foi de R$ 209,1m, avanço de 174,0% na mesma base de comparação. As despesas administrativas aumentaram 14,8% a/a, pressionadas principalmente por gastos com pessoal — incluindo o pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) a ex-funcionários — e por serviços de terceiros relacionados à Academia Iguatemi. Já os custos operacionais subiram 13,7% a/a, impulsionados principalmente por maiores despesas com corretagem e consultorias, parcialmente compensadas por uma redução de 9,2% nos gastos com pessoal.

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