A Intelbras, divulga seu resultado no dia 28/10, após o fechamento do mercado. Estamos projetando um crescimento da receita de 29,1% a/a para R$1,2b no 3T24, devido a uma base comparativa fraca no 3T23. Esperamos R$669m no segmento de segurança, com crescimento de 0,3% t/t, e 3,9% t/t no segmento de comunicação. Para solar, a previsão é de 3,2% t/t, com desempenho mais fraco em solar on-grid, focando em rentabilidade. Acreditamos que as margens serão impactadas pela alta do dólar, resultando em uma margem bruta de 29,2% e EBITDA de R$162,3m. Também prevemos pressão no fluxo de caixa devido ao aumento de estoques pela seca no Amazonas, com possível redução no 4T24, dependendo das condições climáticas. A empresa está negociando a 11,7x P/E 2024 e 9,86x P/E 2025, o que consideramos baixo ao comparar com os peers e ao seu histórico (13,5x). Sendo assim, seguimos com nossa recomendação de Compra, com preço-alvo de 28,00.
Forte crescimento a/a, impulsionado por base comparativa fraca
Esperamos um forte crescimento anual de 29,1% a/a, com a receita atingindo R$1,2b. Porém, esse forte crescimento é devido a uma base comparativa fraca no 3T23, devido aos problemas que a empresa teve de sell-in com os distribuidores. No segmento de segurança projetamos uma receita de R$669m, com um crescimento sequencial de 0,3%, devido a uma forte base comparativa do 2T24. No segmento de comunicação esperamos um bom crescimento de 3,9% t/t, com o ramp-up das parcerias. Para o segmento de solar esperamos um crescimento de 3,2%, com uma boa performance de power, enquanto solar on-grid deve ser mais fraco já que a empresa está focando em rentabilidade nesses produtos.
Margens devem ser impactadas por dólar e maiores custos
Acreditamos que haverá uma compressão da margem bruta atingindo 29,2% (-2,24 p.p.; -3,15p.p.), devido a uma escalada do dólar ao longo do trimestre (+5,97%), além disso, como a empresa tem trabalhado com estoque menores acreditamos que veremos um impacto maior nesse segmento já que a empresa acabou tendo que repor boa parte de seu estoque com o real mais depreciado. Para o EBITDA estimamos R$162,3m, apresentando uma margem de 13,5% (+0,03 p.p. t/t; -0,27 p.p. a/a).
Fluxo de caixa pressionado
Esperamos ver uma pressão no fluxo de caixa devido a o aumento de estoque, em decorrência da seca no amazonas, para se prevenir. Esperamos que no 4T24 vamos ver uma redução, caso não volte a seca (temos visto algumas notícias ao longo do último mês de que está voltando, porém não sabemos se afetará a operação da empresa.