A Intelbras divulgou seus resultados no dia 29/07, após o fechamento do mercado. A empresa apresentou um resultado ligeiramente positivo, com forte crescimento em suas linhas de receita, mas com queda nas margens devido a custos mais altos associados ao câmbio, despesas logísticas e parcerias em TIC. Apesar da redução nas margens, acreditamos que os custos logísticos devem retornar aos níveis históricos. Dessa forma, mantemos nossa recomendação de Compra e aumentamos nosso preço-alvo para R$ 28,00.
Análise do resultado
Crescimento veio
A empresa reportou uma receita líquida de R$ 1,2 bilhões, com crescimento de 22,1% a/a, superando nossas expectativas. O segmento de segurança apresentou um crescimento de 18,9% a/a, beneficiado pela melhoria no nível de estoque. A empresa já conseguiu normalizar boa parte do problema de estoque, embora ainda não esteja 100% resolvido. No segmento de TIC, observamos um crescimento de 16,1% a/a, bem acima das nossas estimativas (+11,1% vs. Genial Est.), impulsionado pelas parcerias, com destaque para o negócio de GPON, que teve um forte crescimento. Por outro lado, o segmento solar apresentou um crescimento de 40,1%. Apesar do forte crescimento e da retomada de painéis solares, continuamos prevendo um cenário negativo para esse segmento devido às margens fracas.
Margens abaixo das expectativas
A empresa reportou um EBITDA de R$ 159,3 milhões, com uma margem de 13,4%, abaixo das nossas estimativas (-5,6% vs. Genial Est.). Esse resultado foi impactado por custos superiores ao esperado, devido a: (i) variação cambial; (ii) custos logísticos no segmento de segurança, em razão do reabastecimento da fábrica de Manaus; e (iii) a necessidade de atender às vendas das novas parcerias em TIC com produtos importados, muitos dos quais chegaram com fretes aéreos. Além disso, as despesas gerais também superaram nossas expectativas, devido a maiores gastos comerciais.
O lucro líquido foi de R$ 117,6 milhões, com uma variação de -0,4% a/a, e uma margem de 9,9%. O resultado foi impactado por um reconhecimento de variação cambial no resultado financeiro, totalizando R$ 24,3 milhões.