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    Publicado em 20 de Abril às 01:07:45

    Relatório FEBRABAN | Qual a expectativa para o crédito em 2023?

    A última pesquisa realizada pela FEBRABAN (federação dos bancos) projeta uma desaceleração do crescimento no crédito, caindo de +14,0% em 2022 para uma projeção de apenas +7,9% para 2023. A pesquisa entre vários bancos, também mostra que a expectativa de crescimento de crédito para 2023 também vem caindo ao longo desse tempo, com a mesma pesquisa feita em fev/23 apontando para um número maior de +8,3%. A redução da expectativa foi causada pela queda nas projeções de crédito para empresas, principalmente após o caso de Americanas, acrescido de redução do crédito destinado as pessoas físicas devido ao cenário de maior inadimplência e desaceleração econômica. 

    Quebrando essa redução de expectativas mais no detalhe, a desaceleração do crescimento foi puxada principalmente pela redução das projeções do crédito livre, saindo de +8,2% para +6,8%. Dentro do crédito livre, o segmento de empresas foi o que mais desacelerou, com a projeção caindo para +5,1% ante +7,3%, reflexo da piora do mercado frente aos acontecimentos recentes como o caso de Americanas. Ainda dentro da carteira livre, o crédito destinado às famílias desacelerou em 0,4pp de 8,7% para 8,3%, devido ao cenário de maior inadimplência e desaceleração econômica, fazendo com que as novas originações sejam mais seletivas.  

    Já o crédito direcionado permaneceu estável na última pesquisa, ficando em +8,4% para o ano. Porém, houve uma revisão para baixo nas aberturas PF (-0,3pp) e PJ (-0,2pp) – isso ocorre porque nem todos os bancos consultados projetam todas as aberturas. 

    A taxa de inadimplência da carteira livre apresentou uma deterioração na pesquisa da FEBRABAN, ficando em 4,7% para 2023, aumento de 0,3pp frente a pesquisa de fev/23, reflexo do pessimismo das instituições com o cenário macroeconômico. Para 2024, as projeções também aumentaram em +0,3pp, sendo esperado uma taxa de inadimplência de 4,6%. A inadimplência subiu de 3,1% em 2021 para 4,2% em 2022 e com perspectivas de piora em 2023 e estabilização em 2024. 

    Para a taxa Selic, a mediana das expectativas realizada pela pesquisa resultaria em uma queda de 0,5pp em set/23, com mais um corte de 0,25pp até o final do ano, levando os juros para 13% aa ao final de 2023.

    Houve um ligeiro aumento nas expectativas para 2024, saindo de um crescimento de 7,4% para 7,6%, provavelmente pela redução das projeções de 2023, gerando um efeito base favorável para 2024. A pesquisa não aponta para um arrefecimento da taxa de inadimplência nas projeções de 2024, ficando em 4,6%, praticamente no mesmo patamar de 2023, e com um aumento de 0,3pp em relação a última pesquisa em fev/23.

    Acreditamos que o cenário de crédito será desafiador para 2023. Com as projeções de 2024 ficando bem parecidas com 2023, tanto em crescimento como em inadimplência, acreditamos que o cenário de 2024 fica um tanto quanto indefinido por conta de vários motivos como a definição da política monetária, política fiscal, crescimento da economia.  

    Diante do cenário desafiador de baixo crescimento de crédito e inadimplência em alta, preferimos bancos que consigam crescer lucro preferencialmente com receitas impulsionadas por aumento na precificação do crédito, tesouraria com resultados positivos e carteira de crédito com menor impacto da piora do ciclo de crédito. Nesse contexto, nossa escolha setorial continua sendo o Itaú

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