O Méliuz reportou receita líquida de R$104,7m (+2,3% vs. Genial Est.), com crescimento de 4,3% a/a, impulsionado pelo Shopping Brasil (+3,9%) e Shopping Internacional (+26,9%). A receita de Serviços Financeiros caiu 3% a/a, impactada pelo fim do cartão próprio. O EBITDA foi de R$21,0m (+28,8% a/a), superando as expectativas (+24,3%), devido à redução de despesas com pessoal. No entanto, o lucro líquido ficou abaixo do esperado, afetado por um IR diferido de R$16,1m, sem impacto caixa. Além disso, a empresa anunciou a alocação de US$4,1m de seu caixa em bitcoin, como parte de uma estratégia de diversificação em relação ao Real. A criação de um comitê estratégico e a possibilidade de ampliação da alocação em até 60 dias indicam um movimento mais estruturado. Embora a estratégia possa atrair investidores, acreditamos que ela aumenta a volatilidade, desvia o foco da operação e poderia ser melhor substituída pela distribuição do excesso de caixa aos acionistas. No entanto, por se tratar de um valor pequeno, não vemos riscos significativos. Sendo assim, seguimos com nossa recomendação de Compra, com preço-alvo de R$5,00.
Receita em linha com o esperado, mas com pouco crescimento
O Méliuz reportou uma receita líquida de R$104,7m (+2,3% vs. Genial Est.), com crescimento de 4,3% a/a. No Shopping Brasil, a receita cresceu 3,9%, impulsionada pelas datas comemorativas e pela Black Friday. A receita de Serviços Financeiros foi de R$16,1m, uma queda de 3% a/a, devido ao descontinuamento do cartão próprio. Já o Shopping Internacional superou as expectativas (+20,0%), com crescimento de 26,9% a/a.
EBITDA acima das expectativas, mas lucro abaixo
A empresa reportou um EBITDA de R$21,0m (+28,8% a/a), superando nossas expectativas em 24,3%. Esse resultado foi impulsionado principalmente pela queda de 32% a/a e 20% t/t nas despesas com pessoal, devido a um menor provisionamento de prêmios. No entanto, o lucro líquido foi de R$2,2m, bem abaixo das nossas projeções (-84,4%), impactado por um IR maior do que o esperado, devido ao IR diferido de R$16,1m, que não tem impacto caixa.
Bitcoin
Na semana passada, a empresa anunciou a alocação de US$4,1m de seu caixa em bitcoin, como parte de uma estratégia de diversificação em relação ao Real. Para isso, estabeleceu um comitê estratégico de bitcoin e está conduzindo um estudo para avaliar a ampliação da estratégia, com um novo anúncio previsto entre 45 e 60 dias.
Em nossa visão, essa estratégia é negativa, pois pode aumentar a volatilidade da empresa e desviar o foco de sua operação. Além disso, acreditamos que o excesso de caixa da companhia seria melhor aproveitado se distribuído aos acionistas. No entanto, essa decisão pode atrair a atenção de investidores, como ocorreu com a MicroStrategy, e potencialmente valorizar a ação. Do ponto de vista fundamentalista, seguimos vendo a estratégia como negativa, mas, por se tratar de um valor baixo, não enxergamos grandes riscos.
