MERCADO LIVRE

    Ações > Tecnologia > MERCADO LIVRE > Relatório > Mercado Livre (MELI34) | Prévia 1T25: Forte crescimento anual, mas margens pressionadas

    Publicado em 29 de Abril às 23:01:37

    Mercado Livre (MELI34) | Prévia 1T25: Forte crescimento anual, mas margens pressionadas

    Esperamos um bom resultado do Mercado Livre no 1T25, com crescimento robusto nas principais linhas, ainda que em ritmo mais moderado na comparação sequencial. Estimamos uma receita líquida de US$ 5,5 bilhões (+27,5% a/a), apoiada pela resiliência do GMV e pela forte expansão do TPV (+36,7% a/a), além do aumento no ecommerce take-rate (+1,7p.p. a/a), que reflete maior contribuição de serviços como publicidade e logística. No entanto, projetamos contração da margem EBIT para 10,4% (-1,8p.p. a/a), diante do aumento nos custos de funding no Brasil, crescimento da carteira de crédito e antecipação de investimentos em logística. Ainda assim, o lucro líquido deve crescer +45,1% a/a, alcançando US$ 499 milhões, sustentado por ganhos cambiais e alavancagem operacional, especialmente na Argentina. Seguimos otimistas com a tese estrutural, embora o trimestre traga pressão de curto prazo sobre rentabilidade. Sendo assim, seguimos com nossa recomendação de Compra, com preço-alvo de R$130,00.

    Análise

    Esperamos que o 1T25 reflita mais um trimestre de crescimento sólido para o Mercado Livre, com avanço de duplo dígito em GMV (+14,1% a/a) e expansão relevante do TPV (+36,7% a/a), apesar de quedas sequenciais esperadas por sazonalidade. O ambiente macro na Argentina começa a estabilizar e, após o impacto da desvalorização do 1T24, o país deve contribuir positivamente na base anual. Já no Brasil e no México, esperamos crescimento ainda resiliente, embora desacelerando frente aos trimestres anteriores, diante de uma base de comparação mais exigente.

    A receita líquida deve alcançar US$ 5,5 bilhões (+27,5% a/a), beneficiada por crescimento em volume, monetização via commerce take-rate (23,7%) e maior peso de serviços de maior valor agregado, como publicidade e logística.

    Por outro lado, projetamos compressão na margem EBIT para 10,4% (-1,8p.p. a/a), reflexo do aumento dos custos de funding no Brasil — que ainda não foram totalmente repassados ao consumidor final —, do crescimento do portfólio de crédito (com destaque para cartões) e logísticos, com abertura de novos centros de distribuição no trimestre. A pressão, no entanto, deve ser parcialmente compensada pela recuperação de margens na Argentina, que volta a ter papel mais relevante no mix de receita.

    O lucro líquido deve crescer 45,1% a/a, totalizando US$ 499 milhões, impulsionado por ganho cambial com valorização do real e diluição de despesas fixas. Seguimos construtivos com a tese de MELI no médio e longo prazo, embora o trimestre traga desafios marginais sobre rentabilidade.

    Acesse o disclaimer.

    Leitura Dinâmica

    Recomendações

      Vale a pena conferir