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    Publicado em 11 de Agosto às 21:35:56

    Magazine Luiza (MGLU3) | Análise 2T22: O “carnêzinho” não tão gostoso

    O Magalu reportou um resultado bem alinhado as nossas expectativas para o trimestre, com grande destaque para a geração de R$ 1,3b de caixa operacional no período, reflexo de uma melhora em seu capital de giro e de retorno a margens um pouco mais saudáveis. Mantemos MGLU3 com recomendação de COMPRAR e preço-alvo YE22 de R$ 8.

    Receita líquida

    O Magalu apresentou um GMV líquido total de R$ 13,9b (+1,3% a/a), número 3% abaixo de nossa estimativa, com a varejista registrando vendas de produtos próprios (1P) levemente pior que o esperado, reflexo um cenário desafiador para o mix dessa linha, que é dominado por produtos de linha branca e eletroeletrônicos. Em nossa visão, se fosse possível expurgar o efeito de KaBuM! dessa linha, provavelmente, veríamos uma queda ainda maior.

    Em relação às vendas totais de marketplace (3P), a companhia registrou um GMV de R$ 3,6b (+22% a/a) nesse trimestre, cerca de 26% do GMV Total do Período. A aceleração teve um impacto positivo de categorias como moda e beleza, as quais cresceram 88% e 75%, respectivamente. Em nossa análise, em mãos de um ecossistema completo, a companhia tem apresentado a melhor performance on-line em relação aos pares.

    No entanto, enquanto o on-line dispara, o desempenho de lojas físicas deixa a desejar. Diferente do resultado da Via e Americanas, Magalu apresentou um indicador de vendas de mesmas lojas (SSS) negativo, a -8,2%. No total, a companhia reportou uma receita líquida de R$ 8,5b (-5% a/a).

    Custos, despesas e lucro líquido

    A varejista registrou um lucro bruto de R$ 2,4 b (+6,3% a/a), atingindo uma margem bruta de 28,6% no trimestre, +60 bps acima do estimado. O número é reflexo do crescimento de receitas “prestação de serviços”, em grande parte beneficiado pela sua melhor estrutura de monetização de marketplace.

    Apesar da melhora, enxergamos que existe um gap a ser preenchido, uma vez que seus principais peers estão com margem bruta acima do patamar de 31%. Iremos monitorar a evolução dessa linha e esperamos que a melhora no fluxo de vendas de lojas físicas no 2º semestre seja positivo na recomposição de margens. Por enquanto, cautela por aqui!

    A diluição de despesas veio pior do que o esperado (22,8% da receita líquida vs. 21,8% esperado), com uma dinâmica negativa tanto para despesas com vendas, quanto para despesas G&A. No frigir dos ovos, o ganho na margem bruta mais do que neutralizou as maiores despesas no período. A companhia apresentou um EBTIDA ajustado de R$ 492m (+8% a/a), registrando uma margem de 5,7% (+60 bps a/a).

    Diante da elevação da taxa básica de juros, que saiu de 3,5% para 13,25% em um ano, a última linha de Magalu amargou um prejuízo, com maiores despesas de dívidas e de antecipação de recebíveis pesando em seu “bottom line”. A companhia apresentou um prejuízo líquido de R$ 135m e uma margem de -1,6% (-270 bps a/a), número dentro de nossas estimativas.

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