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    Publicado em 14 de Março às 16:22:38

    Brasil poderá exportar carne bovina ao México | Quais os impactos nos frigoríficos?

    O que aconteceu?

    O Ministério da Agricultura anunciou a abertura do mercado mexicano para a carne bovina brasileira. De acordo com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, 34 plantas frigoríficas no Brasil foram habilitadas para exportação de carne bovina ao México. Segundo o Ministério, a negociação para possibilitar a exportação de proteína bovina para este mercado já vinha de longa data, tendo se iniciado há mais de 12 anos.

    Neste relatório, analisaremos os impactos decorrentes disso para os frigoríficos que produzem carne bovina. Na nossa visão, a companhia mais impactada positivamente por esta notícia é a Minerva (BEEF3), reforçando nossa tese otimista para o frigorífico em 2023, e, contribuindo para que o escolhemos como o nosso top pick do setor.

    Marfrig (MRFG3)

    Marfrig (MRFG3) consta na lista dos frigoríficos que poderão exportar carne bovina ao México. Foram habilitadas as oito seguintes unidades: Chupinguaia (RO), Mineiros (GO), Bataguassu (MS), Promissão (SP), Alegrete (RS), São Gabriel (RS), Bagé (RS) e Pampeano (RS). Vemos um impacto positivo, porém pequeno, decorrente dessas habilitações

    Enxergamos que a a abertura do mercado do México para a companhia trata-se mais de uma nova opção comercial, no caso de outro mercado que a companhia atende estar apresentando um consumo reduzido (por motivos não recorrentes), do que de fato um mercado que apresenta grande relevância no resultado consolidado da companhia.

    Sendo assim, nossa tese sobre as ações da Marfrig permanece, e, desta forma, reiteramos a recomendação de MANTER com preço-alvo de R$ 10,00 para os papéis da companhia. Confira nosso relatório sobre os resultados do 4T22 para entender melhor nossa visão sobre a empresa.

    JBS (JBSS3)

    A JBS (JBSS3) também aparece na lista dos frigoríficos que poderão exportar carne bovina ao mercado mexicano, com 15 unidades habilitadas, localizadas em: São Miguel do Guaporé (RO), Vilhena (RO), Confresa (MT), Nova Mutum (MT), Pontes e Lacerda (MT), Senador Canedo (GO), Mozarlândia (GO), Ituiutaba (MG), Nova Andradina (MS), Naviraí (MS), 2 em Campo Grande (MS), Anastácio (MS), Andradina (SP) e Lins (SP).

    Assim como mencionamos para Marfrig (MRFG3), enxergamos que, para JBS (JBSS3), o impacto é positivo, dado que a abertura de um novo mercado para exportação nunca é algo ruim, porém, pouco relevante no consolidado da companhia, sendo ainda menos relevante para JBS dado a diversificação regional e por proteína que a empresa apresenta, e também o seu tamanho.

    Entretanto, vale observar que, mesmo com esta notícia tendo pouco impacto na companhia e a mesma tendo de enfrentar certos desafios ao longo do ano, acreditamos que, no patamar atual da cotação de seus papéis, ainda há um upside interessante a ser capturado. Deste modo, reiteramos nossa recomendação de COMPRA com preço-alvo de R$ 30,00. Para compreender melhor nossa visão sobre a empresa e perspectivas para 2023, confira nosso relatório de prévia do 4T22.

    Minerva (BEEF3) – Nosso top pick do setor

    Outro companhia que consta na lista dos frigoríficos habilitados a exportar ao México foi a Minerva (BEEF3), tendo seis de suas unidades habilitadas para exportação à este mercado: Araguaína (TO), Paranatinga (MT), Palmeiras de Goiás (GO), Janaúba (MG), Barretos (SP) e São Paulo (SP). Enxergamos um impacto positivo para companhia (e maior do que vemos para os demais frigoríficos).

    Acreditamos que essa aprovação é um indício adicional de como a inversão do ciclo do gado nos EUA (atualmente, em momento negativo, com baixa disponibilidade de gado) acaba beneficiando os frigoríficos que possuem parte relevante (ou, a totalidade) de sua produção na América do Sul.

    Como a expectativa é de uma queda considerável na produção de proteína bovina nos EUA, além de custos de produção crescentes que devem acabar encarecendo a carne, os países que costumeiramente importam dos EUA, têm buscado novas origens, como o Brasil e Paraguai, para realizar a importação deste tipo de proteína animal.

    Dado que a Minerva possui toda a sua produção na América do Sul, concentrada no Brasil, vemos que o impacto da abertura do mercado mexicano acaba sendo bem positivo, e reforça a tese de que, o ciclo do gado em momento negativo nos EUA, combinado com o ciclo positivo no Brasil (alta disponibilidade de gado e, assim, custos menores), favorece a companhia.

    Desta forma, reiteramos nossa recomendação de COMPRA com preço-alvo de R$ 20,00, e elegemos a Minerva como nosso top pick do setor para 2023. Para entender mais a fundo nossa visão a respeito da companhia, confira nosso relatório com a análise completa dos resultados do 4T22.

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