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    Publicado em 24 de Fevereiro às 01:07:35

    Minerva (BEEF3) | 4T21: Mais recordes… e mais por vir?

    Estávamos esperando um trimestre de bons resultados para a Minerva, acima da expectativa do mercado nas principais linhas reportadas. O frigorífico foi ainda melhor do que nossa expectativa, reportando um 4T21 muito forte em termos de resultados. Isso pode ser explicado majoritariamente pela sua diversificação geográfica, que permitiu a Minerva a navegar com sucesso um cenário adverso para exportações de carne bovina brasileira, o que foi afetada negativamente por restrições de exportação para a China e é historicamente a principal fonte de receita da empresa. Seguimos otimistas com a companhia, e mantemos a nossa recomendação de COMPRAR com um pequeno ajuste no nosso preço-alvo, agora de R$ 14,00.

    Análise

    A maior exportadora de carne bovina da América do Sul registrou um trimestre (e um ano) muito positivo e de recordes históricos. Conseguindo se aproveitar de sua diversificação regional e de uma forte demanda mundial, a companhia reportou um lucro líquido R$ 150 milhões, mais do que o dobro quando comparado com o trimestre passado e um crescimento de 31,7% na comparação a/a, além de estar 82,9% acima da nossa projeção, que já estava otimista em relação ao consenso de mercado. O EBITDA ficou em R$ 735 milhões, crescimento de 19,2% em relação ao mesmo período em 2020 e 23,5% maior do que a nossa projeção, além de reportar uma Margem EBITDA de 9,8%, que apesar de ser um declínio de -1,0 p.p. a/a, ainda foi 1,3 p.p. acima do que era esperado pelo mercado e 1,1 p.p. acima da nossa estimativa. No ano 2021 consolidado, a Minerva registrou R$ 2,4 bilhões de EBITDA, maior patamar histórico para a empresa e avanço de 12,6% comparado com 2020.

    Conforme mencionado brevemente acima, a Minerva sofreu com exportações brasileira no trimestre. O foco do frigorífico é em exportações e a China é historicamente responsável por mais de 50% da receita de exportações do Brasil. Durante praticamente todo o trimestre, a China proibiu importações de carne bovina brasileira por conta de dois casos atípicos da doença BSE (conhecida como “vaca louca”) encontradas em Minas Gerais e no Mato Grosso (no final de dezembro o embargo foi retirado, então para 2022 as exportações para o maior país importador do mundo já voltou ao normal). Mesmo assim, o país asiático conseguiu somar 39% do share de exportações da Divisão Brasil, além de a Minerva ter conseguido explorar outros mercados, tanto na Ásia como em outros continentes. Portanto, conforme esperávamos, a volume vendido no Brasil caiu -10,4% a/a, porém isso foi mais do que compensado por preços atrativos, demanda externa potente e uma ótima performance da Divisão Athena, responsável por 56% da receita total.

    Dividendos e olhando adiante

    A política de dividendos da empresa prevê distribuir no mínimo 50% do Lucro com a condição da alavancagem (Dívida Líquida/EBITDA) estar abaixo de 2,5x. Como isso foi o caso (alavancagem fechou o ano de 2021 ficou estável em 2,4x), a companhia pretende pagar mais R$ 200 milhões em proventos aos seus acionista, equivalente a R$ 0,34/ação. O payout de 2021 (dividendos/lucro) ficará em 67%, e o yield em cerca de 6,5%, totalizando um total de R$ 400 milhões distribuídos no ano.

    Acreditamos que a Minerva é um ótima opção de investimento para 2022 no setor de alimentos.

    (Preparamos um relatório sobre o porque que 2022 pode ser um ano muito positivo para a Minerva. Confira aqui)

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