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    Publicado em 06 de Novembro às 23:26:45

    Pague Menos (PGMN3) e Panvel (PNVL3) | Prévia 3T22: As particularidades da região Nordeste e Sul do Brasil

    Nordeste e Sul, em um território de extensão continental, essas duas regiões trazem particularidades que devem impactar os resultados do varejo farmacêutico nesse trimestre. A Pague Menos e a Panvel divugarão seus resultados do 3T22 nessa semana, fique por dentro do que esperar.

    O que esperar da Pague Menos no 3T22?

    A Pague Menos, companhia que tem grande atuação na região do Norte/Nordeste, divulgará o seu resultado após o fechamento do mercado dessa segunda-feira, dia 07 de novembro.

    Acreditamos que a empresa deve reportar o menor crescimento de Receita Bruta dentre as companhias farmacêuticas de nossa cobertura. Isso sem considerar o efeito positivo da incorporação da Extrafarma.

    Pela primeira vez, teremos os resultados consolidados (a partir de agosto/2022) da aquisição da Extrafarma. Considerando a Pague Menos stand alone, acreditamos em um crescimento de receita bruta de +15,1% a/a, chegando em R$ 2,35b. Nossas expectativas estão baseadas em:

    (I) Mix de vendas: não devemos esperar o efeito “inverno” tão significativo para a companhia, como vimos em RADL3 e veremos em PNVL3, a ponto de afetar de forma relevante a composição do mix OTC ─ que possui margens melhores ─ e nas buscas por antigripais. No trimestre, a categoria de genéricos e marcas próprias segue ganhando participação, porém o efeito positivo na rentabilidade é parelho ao maior crescimento e penetração de canais mais promocionais, como o digital e convênios & parcerias. Ainda esperamos queda em serviços/testes de Covid, decorrente da menor procura.

    (II) O descasamento inflacionário começa a surtir efeito a medida que a inflação vai se atenuando, gerando alavancagem operacional junto de um reajuste mais robusto em abril desse ano.

    Estimamos um lucro bruto de R$ 696m (+15,1% a/a) e uma margem de 29,6%, estável ano contra ano. Como comentamos acima, apesar de a companhia estar se mobilizando com alavancas positivas para ganho de margem, os canais promocionais acabam por pressionar a rentabilidade causando um efeito “net”.

    O grande destaque positivo do trimestre deve vir para a dinâmica das despesas com vendas. No SG&A consolidado, esperamos -R$530m, com as despesas com vendas diluindo +110 bps a/a. Podemos observar esse efeito por conta de diversas medidas que a Pague Menos vem instaurando, como: redução do número de funcionários por lojas, redução de despesas operacionais e melhores acordos com fornecedores de utilities e facilities.

    O ganho de eficiência acima faz a companhia voltar ao patamar de expansão de margem a/a, no qual temos a expectativa de um EBITDA Ajustado (ex IFRS 16) de R$120m (+48% a/a) e uma margem de 5,1% (+110 bps).

    Na última linha, temos que considerar o impacto da escalada da taxa de juros no Brasil a/a, fazendo a Pague Menos ter, em nossas projeções, um resultado financeiro líquido de -R$73m. Por fim, estimamos um lucro líquido de R$ 32m (+18,3% a/a) e uma margem de 1,4% (+10 bps).

    Não se esqueça de conferir nosso feedback sobre o Investor Day da Pague Menos (ticker PGMN3), realizado no dia 21 de novembro, sobre os próximos passos do planejamento estratégico de 2022-2025. Para acessar, basta clicar aqui.

    O que esperar de Panvel no 3T22?

    A rede de farmácias consolidada na região Sul do Brasil irá divulgar seu resultado após o fechamento do mercado dessa quinta-feira, dia 10 de novembro.

    Acreditamos que a Panvel deve reportar o maior crescimento do setor de farmácias em 3T22, impulsionado por três grandes fatores:

    (I) Forte fluxo de clientes para as suas lojas. A rede de farmácias São João, principal concorrente da Panvel na região Sul, ainda passa por problemas de stock-out nesse trimestre, dirigindo grande parte de sua atenção para o funcionamento do novo centro de distribuição na cidade de Gravataí (RS). Com isso, acreditamos que mantendo o ticket médio praticamente estável t/t e com um maior fluxo de pessoas, a Panvel deve apresentar um forte crescimento de market share no período ─ consolidando o 11º trimestre em que a companhia abocanha participação no mercado.

    (II) Com um frio mais intenso entre os meses de julho e agosto, as vendas de Genéricos e OTC devem impulsionar o faturamento da Panvel nesse 3T22. A retomada da circulação de pessoas somado ao efeito clima deve tracionar as vendas de categorias como primeiros socorros, gastrointestinais, antitérmicos e resfriados.

    (III) A categoria HB (Higiene e Beleza) deve registrar uma melhora sequencial, impulsionado por vendas de maquiagem e cuidados faciais ─ no entanto, sem voltar ao patamar pré-pandemia. Vale lembrar que a Panvel consolida a venda de máscaras em HB, o que permitiu com que essa categoria despontasse de vendas entre 2020 e 2021.

    Esses três fatores devem manter a Receita Bruta da Panvel acima da marca de R$ 1b nesse trimestre. Este seria o segundo trimestre (sequencial) em que a farmacêutica conseguiria atingir esse nível. Em números exatos, esperamos um faturamento bruto de R$ 1,08b (+25,5% a/a) ─ com o segmento de Varejo crescendo 25% a/a, Atacado acelerando 32% a/a e Indústria estável a/a.

    O crescimento de mais de 25% da receita bruta da Panvel deve consolidar a companhia na liderança de melhor performance nesse 3º trimestre. A Raia Drogasil, líder do setor farmacêutico, apresentou uma alta de 22% nessa linha.

    Esperamos ver uma recomposição contínua para a margem bruta. Com fator bolso pesando bastante no direcionamento de compras do consumidor, a categoria de Genéricos da Panvel deve registrar um crescimento acima do patamar de 30% a/a.

    Com Genéricos e OTC ganhando forte participação nas vendas totais e, tendo em mente que essas categorias embutem uma margem bruta muito maior do que a venda de produtos de marca, esperamos que a Panvel apresente um lucro bruto consolidado de R$ 291m (+20,2% a/a) e uma margem bruta de 28,9% (+75 bps a/a).

    Apesar de forte ganho na margem bruta, esperamos que as despesas SG&A acabem diluindo esse efeito para a margem EBITDA (IFRS 16). As maiores pressões devem vir para as despesas com vendas, impactada pela inflação no pessoal e em logística. O G&A deve continuar em linha ao apresentado nos últimos trimestres (~2,5% da receita bruta).

    Esperamos um EBITDA ajustado de R$ 47m (+28,5% a/a) e uma margem EBITDA de 4,3% (+10 bps a/a).

    Frente a uma taxa Selic em duplo dígito, as despesas financeiras devem dobrar na comparação anual. Com isso, a Panvel deve sentir uma retração de -20 bps a/a em sua margem líquida. Esperamos um lucro líquido de R$ 17m (+7,9%) e uma margem de 1,6%.

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