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    Publicado em 10 de Agosto às 20:34:44

    Grupo Panvel (PNVL3) | Análise 2T22: Brilhante, como previsto

    Como já esperado em nossa prévia de resultados do varejo farmacêutico, a Panvel apresentou o resultado mais forte do setor. Avaliamos os números como positivos e reiteramos recomendação de COMPRAR para as ações da PNVL3, com preço-alvo de R$ 17.

    Neste trimestre, a companhia registrou o maior Same Store Sales (SSS – Vendas de Mesmas Lojas) do setor, a 19,2%, reflexo de um maior fluxo de compras e repasse imediato nos preços de medicamentos. Para fins comparativos, a Raia Drogasil (RADL3) e Pague Menos apresentaram um SSS de 18,1% e 4,6%, respectivamente.

    Existem, pelo menos, duas explicações para o forte resultado do “top line” da Panvel. A primeira diz respeito a sua posição geográfica, fortemente afetada pelas fortes ondas de frio, as quais levaram a uma maior demanda por OTC e genérico no período. O segundo motivo é o menor índice de ruptura de suas lojas. Com a falta de medicamentos batendo na porta do setor, a Panvel tinha em mãos um bom nível de estoques para dar força as suas vendas no trimestre.

    Ainda em relação à primeira linha do resultado, outros dois pontos nos chamaram atenção:

    1) Alto nível de vendas digitais: mesmo diante de uma base comparativa muito forte, uma vez que o 2º trimestre de 2021 foi afetado pela segunda onda do coronavírus, o que por si só impulsionou a performance desse canal, a Panvel conseguiu manter sua penetração no digital (15,7% no 2T22 vs 16,1% no 2T21). Grande destaque para São Paulo, que representa 58% das vendas aqui.

    2) Crescimento de produtos de marca própria: um forte diferencial do grupo, a venda de produtos Panvel cresceu quase 10% a/a. Se desconsiderarmos a base de vendas de máscara, esse número chegaria a mais de 22% a/a. Destaque para os itens de dermocosméticos (maior valro agregado), em especial para linha Dermativ (+44% a/a), que tem registrado forte crescimento e contribuição positiva nas margens da empresa.

    Descendo para a margem bruta, a companhia conseguiu elevar a sua margem em +100 bps a/a, atingindo 29,8% no período. Apesar de seu braço de atacado (13,7% de margem), que veio forte neste trimestre, diluir essa margem, o segmento de varejo veio forte (31,1% de margem), resultado do reajuste de preços de medicamentos e de uma maior participação da categoria de genéricos no mix.

    A companhia não conseguiu escapar dos efeitos inflacionários em suas despesas operacionais. A conta de pessoal e aluguéis, inclusas nas despesas com vendas, cresceu +60 bps a/a, atingindo 22,3% da receita bruta.

    Ao frigir dos ovos, somando o impacto positivo na margem bruta e o negativo nas despesas, a companhia reportou uma melhora em seu EBITDA, a R$ 56m (+41% a/a), registrando uma margem de 5,3% (+50 bps a/a).

    Nem tudo são flores. Diante de um cenário de juros mais altos, a última linha do resultado ficou prejudicada por maiores despesas financeiras do período. A Panvel reportou um lucro líquido de R$ 28m (+19% a/a), atingindo uma margem de 2,6% (-30 bps a/a).

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