A Panvel (ticker PNVL3) divulgou seus resultados do 3T22 após o fechamento do mercado dessa quinta-feira (11). Como esperávamos, a companhia reportou o maior crescimento de receita bruta do varejo farma, +26,40% a/a.
Mantemos nossa recomendação de COMPRAR com preço-alvo YE23 de R$ 17,00. Confira nossa análise.
Conforme falamos em nossa prévia (clique aqui para conferi-la), os três principais pilares para a história do trimestre, foram: (I) forte fluxo nas lojas e ganho de Market Share; (II) frio mais intenso; e, (III) melhora do mix. Dito isso, a Panvel registrou uma receita bruta de R$ 1,09b (+26,40% a/a vs. +0,74% Est. Genial).
A dinâmica provocada pela boa gestão do estoque e baixa ruptura da companhia, alavancada pelos problemas da concorrente Farmácias São João com stock-out, fez com que o fluxo das lojas aumentassem. Tal feito provocou o primeiro trimestre completo da Panvel com venda média superior a faixa dos R$ 600 mil/loja – um marco para a empresa, avançando 15,3% ano contra ano.
O desempenho de Vendas de Mesmas Lojas foi robusto, crescendo 19,1% a/a. Junto a isso, as Lojas Maduras seguem expandindo acima da inflação apresentando um MSSS (Mature Same Store Sales) de 14,8%.
Além do fator acima, a margem bruta de 29% (+90bps a/a vs. +70bps Est. Genial) foi favorecida pelo frio mais intenso na região, que auxilia também a composição de mix, com destaques para OTC e Genéricos – classes que são responsáveis pela manutenção de uma rentabilidade mais saudável.
Fazendo a Panvel reportar um lucro bruto de R$ 315m, aumentando +30,17% vs. 3T21 e +8,25% diante de nossas estimativas.
Na categoria de OTC e Genéricos, vimos ganho de participação dentro do mix, com +150bps e +190bps, e forte crescimento de +38,5% a/a e +51,6% a/a, respectivamente. Já para Higiene e Beleza, houve perda de share dentro do mix (-260 bps), contudo sendo explicada pelo forte crescimento de medicamentos e redução de itens “kit covid“.
Os efeitos inflacionários e o pipeline de aberturas de lojas, impactaram na linha de despesas SG&A, no qual a companhia somou R$ 241m, uma adição de +30bps a/a.
Considerando o IFRS 16, o EBITDA Ajustado foi de R$ 86m. Já ex-IFRS 16, eles contabilizaram R$ 48,5m (+39,1% a/a) e em linha com que projetamos.
Por fim, o aumento das despesas financeiras provocadas pela escalada da taxa de juros média no Brasil, corroborou para um lucro líquido de R$ 18m (+12,5% a/a vs. +5,88% Est. Genial).