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    Publicado em 08 de Fevereiro às 22:19:29

    Sanepar (SAPR11) | Resultado 4T23: Um verão a favor!

    Seguimos com a recomendação de MANTER para as ações da Sanepar. Novamente, a companhia apresentou resultados que superaram nossas expectativas e as do consenso de mercado. Tendo a favor a onda de calor que afetou o Brasil no último trimestre do ano de 2023 e o reajuste tarifário no meio do ano, a companhia conseguiu obter uma expansão da receita líquida em maior proporção do que o crescimento de seus custos operacionais, fechando o ano com um ROE de 16,3%, o maior do setor.

    Por mais que gostemos da Sanepar, acreditamos que o fato gerador que pode levar a empresa a outro patamar de negociação é a privatização da empresa. Acreditamos que a privatização seria muito positiva para a Sanepar, com a empresa buscando por ganhos de eficiência e melhor governança, o que deveria fazer com que a empresa passasse a valer, no mínimo, o valor de sua Base de Ativos Regulatórios (hoje negocia à 0,7x da base de ativos regulatória), uma valorização que passaria de 60% em relação as cotações atuais a depender do apetite dos interessados. Enquanto esperamos por mais avanços do governo estadual nessa direção, estamos trabalhando em uma atualização da tese da empresa e devemos solta-la em breve. Por hora, seguimos com a recomendação de MANTER.

    Detalhamento dos Resultados

    Resultado reportado acima das nossas estimativas e do consenso. A Sanepar obteve uma receita operacional líquida de R$1.696 bilhões, um aumento de 15% a/a, impulsionado pelo reajuste tarifário de 8,23% a partir de maio de 2023 e pela onda de calor que atingiu o Brasil no trimestre passado, que elevou o consumo de água em todo o país. O EBITDA da companhia teve um aumento de 18% a/a, totalizando R$722 milhões, margem de 42%. Na parte operacional, a companhia registrou aumento no número de economias atendidas, 1,0% para ligações de água e 3,0% para esgoto e aumento no volume faturado de água de 6,7% a/a e, 9,0% a/a para o esgoto.

    Custos e despesas operacionais registraram aumento de 12,2% com relação ao 4T22, totalizando R$1.098 milhões, em função principalmente do reajuste salarial e do aumento do gasto com energia elétrica derivado do reajuste tarifário dela. O resultado financeiro totalizou R$141 milhões negativos, aumento de 110% a/a, devido ao ajuste a valor presente dos ativos financeiros, em função da repactuação dos prazos contratuais.

    Os investimentos do trimestre totalizaram R$554 milhões, aumento de 15% a/a. O endividamento da companhia fechou o trimestre em 1,6x Dívida líquida/EBITDA e grau de endividamento da companhia em 48,2%, imutável com relação ao trimestre anterior. Por fim, a companhia obteve um lucro líquido de R$364 milhões, aumento de 4% a/a.

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