A TIM reportou seu resultado no dia 06/02, após o fechamento do mercado. O resultado veio em linha com nossas expectativas, com o lucro surpreendendo positivamente (+6,6% vs. Genial Est.). A empresa apresentou um bom crescimento de receita (6,8% a/a), impulsionada por um forte crescimento na linha de serviços móveis (7,6% a/a), com boa performance tanto no pré-pago quanto no pós-pago. Além disso, a empresa conseguiu expandir suas margens devido à alavancagem operacional, ao término do TSA e ao ajuste do acordo com a Oi. A empresa também divulgou o guidance para 2024-2026, que vemos com bons olhos. Sendo assim, seguimos com nossa recomendação de Compra, com preço-alvo de R$21,00.
Análise do Resultado
Crescimento de receita acima da inflação
A receita permaneceu em linha com nossas expectativas (+0,5% vs. Genial est.), registrando um crescimento acima da inflação (6,8%). O principal destaque foi a linha de serviços móveis, que apresentou um expressivo crescimento de 7,6% a/a, com bom desempenho tanto no pós-pago quanto no pré-pago, e alcançando o maior ARPU do setor em R$ 31,1. Na linha de produtos, a empresa registrou uma queda de 2,0% a/a, devido à sua estratégia de focar em segmentos de alto valor. No segmento de serviço fixo, a empresa registrou um aumento de 1,6% a/a.
Expansão de margens
A empresa conseguiu expandir suas margens tanto EBITDA (+0,3 p.p. a/a) quanto líquida (+4,3 p.p. a/a), por três principais motivos: (i) ajuste de preço da aquisição da Oi (evento não recorrente); (ii) encerramento do TSA; e (iii) alavancagem operacional. A TIM reportou um EBITDA de R$3,2 bilhões (+7,5% a/a) e Lucro Líquido de R$900 milhões, com crescimento de 52,5% a/a. Um ponto que beneficiou o lucro foi uma redução da alíquota efetiva do IR, que passou de 15,6% no 4T22 para 2,8% no 4T23, devido a uma maior distribuição de JCP.
Guidance 2024-2026
A empresa divulgou seu guidance para o período de 2024 a 2026, com projeções de crescimento de 5% a 7% em 2024 e um CAGR de 5% a 6% de 2023 a 2026. Além disso, espera-se um crescimento do EBITDA de 7% a 8% em 2024, com um CAGR de 6% a 8% de 2023 a 2026. O CAPEX previsto está na faixa de R$ 4,4 bilhões a R$ 4,6 bilhões, acompanhado por um crescimento de duplo dígito na geração de caixa operacional da empresa.
Vemos com bons olhos o guidance divulgado pela empresa e está em linha com nossas estimativas. Após a aquisição da Oi pelos concorrentes o mercado se tornou mais racional e mais saudável o que acreditamos que possibilitara a TIM crescer acima da inflação.