TOTVS

    Ações > Tecnologia > TOTVS > Relatório > TOTVS (TOTS3) | Prévia de resultados 2T24: Gestão e BP carregam nas costas

    Publicado em 23 de Julho às 18:00:42

    TOTVS (TOTS3) | Prévia de resultados 2T24: Gestão e BP carregam nas costas

    A TOTVS divulgará seus resultados em 07/08/2024, após o fechamento do mercado. Projetamos um trimestre sólido para a empresa, com a receita líquida atingindo R$ 1,3b e crescendo 19,4% a/a. Enfatizamos o impacto positivo para o 2T24 com (I) o crescimento inorgânico advindo da incorporação de 100% da Ahgora, (II) a recuperação do IGP-M para valores positivos, (III) o incremento da receita de serviços a partir da integração de duas novas franquias e (IV) o bom crescimento da Business Performance, embora com tendência de desaceleração.

    Com relação ao EBITDA, esperamos que atinja R$ 299m (+11,2% t/t; +16,1% a/a), com uma queda de 0,6p.p a/a na margem devido ao processo de incorporação de quatro novas operações dentro da TOTVS, alcançando assim uma margem EBITDA consolidada de 22,5%. Nas linhas abaixo do EBITDA, prevemos (I) um aumento na depreciação e amortização devido às novas aquisições e (II) uma queda no resultado financeiro devido à redução no caixa, parcialmente compensada por uma menor despesa financeira, fruto do fim do earnout da RD Station. A partir disso, esperamos um lucro líquido de R$ 137m (+8,2% t/t; +43,9% a/a) e uma margem líquida de 10,3% (+0,6p.p t/t; +1,8p.p a/a), representando um lucro por ação de R$ 0,22.

    Gestão: boom de receita, mas margem é penalizada

    Projetamos que a dimensão de gestão atinja uma receita líquida de R$ 1,16b (+4,4% t/t; +18,0% a/a), tendo como principais motores de crescimento: (I) o incremento inorgânico de aproximadamente R$ 80m na ARR bruta advinda da Ahgora, (II) a recuperação do IGP-M para patamares positivos e (III) o aumento na receita de serviços devido à integralização de duas novas franquias. Na linha de receitas recorrentes, estimamos um crescimento de 19,5% a/a, impulsionado pela consolidação de 100% da Ahgora no resultado da dimensão de gestão, gerando uma adição inorgânica de R$ 80m na ARR e impactando 1,7% no ARR consolidado da dimensão. Além disso, observamos que o IGP-M subiu de -0,9% no 1T24 para 2,0% no 2T24, o que indica um aumento de preço nos softwares de gestão. Analisando a receita não recorrente, prevemos uma queda na linha de licenças devido ao menor volume proveniente do modelo corporativo. No entanto, enxergamos um leve aumento em serviços devido à entrada de duas novas franquias na dimensão, uma vez que a integralização exige a prestação de serviços não recorrentes pela própria TOTVS.

    Esperamos que o EBITDA chegue a R$ 293m (-1,5% t/t; 14,6% a/a) e com margem mais comprimida de 25,1% (-1,5p.p t/t; -0,8p.p a/a). Naturalmente, entendemos que nesse trimestre haverá o impacto sazonal da (I) queda de receita proveniente do modelo corporativo, o qual possui melhor margem; (II) aumento nas despesas de vendas e marketing devido ao evento do Universo TOTVS realizado no mês de junho e (III) crescimento da despesa de provisão para contingência decorrente de um menor ritmo nos tribunais no 1T. Todavia, enxergamos uma queda anual na margem EBITDA gerada principalmente pela entrada de 4 novas operações na dimensão, em especial pelo (I) processo de integração não finalizado e (II) pelo aumento da receita de serviços, que possui menor margem.

    Business Performance: voando até quando?

    Em Business Performance, vemos a receita líquida chegando em R$ 133m (+2,5% t/t; 35,0% a/a). Acreditamos que ela manterá um ritmo de crescimento bom, porém com maior tendência de declínio devido ao comportamento mais orgânico da dimensão. Nesse trimestre, estimamos uma margem bruta naturalmente mais alta de 77,4% (+1,7p.p t/t; +0,3p.p a/a) decorrente da maturação do business. Além disso, mantemos nosso otimismo e esperamos que o EBITDA chegue a R$ 7m (-26,0% t/t; +89,3% a/a). Apesar da queda de -2,0p.p t/t na margem EBITDA devido a sazonalidade de maiores investimento em marketing e vendas no 2T, acreditamos que haverá um incremento de 1,5p.p a/a e resultará numa margem EBITDA de 5,3% no 2T24.

    Techfin: 1S fraco

    Esperamos que Techfin apresente uma dinâmica similar à do 1T24, devido a um primeiro semestre mais fraco na produção de crédito. Ainda mais, acreditamos em um desempenho pior na comparação trimestral, por conta de um 2T especificamente mais fraco no setor agro. A partir disso, estimamos que a dimensão deverá atingir uma receita líquida pós-funding de R$ 55m (-13,4% t/t; +14,9% a/a) e que ainda não haverá o breakeven na linha do EBITDA, o qual esperamos que atinja R$ -1m (-65,8% t/t; -64,6% a/a) com uma margem de -2,0% (+3,1p.p t/t; +4,5p.p a/a).

    Consolidado: gestão de piloto e business performance de copiloto

    No consolidado da TOTVS, projetamos uma receita líquida de R$ 1,3b (+3,1% t/t; +19,4% a/a), impulsionada principalmente pelo (I) bom crescimento de 18,0% a/a da dimensão Gestão e (II) aumento de 35,0% a/a da receita de Business Performance, apesar de mostrar tendência de queda devido à maior maturação da dimensão. Além disso, esperamos que o EBITDA da empresa chegue a R$ 299m (+11,2% t/t; +16,1% a/a), com uma margem EBITDA penalizada em -0,6p.p a/a devido ao processo de integração de quatro novas operações dentro da TOTVS. Nas linhas abaixo do EBITDA, vemos a depreciação e amortização com maior impacto por causa das novas aquisições e um resultado financeiro menor devido a (I) uma redução no caixa por conta do pagamento restante da RD Station (Business Performance) e (II) levemente compensado por uma diminuição nas despesas financeiras, fruto do fim do earnout também da RD Station. A partir disso, chegamos num lucro líquido de R$ 137m (+8,2% t/t; +43,9% a/a) e margem líquida de 10,3% (+0,6p.p t/t; +1,8p.p a/a).

    Acesse o disclaimer.

    Leitura Dinâmica

    Recomendações

      Vale a pena conferir