O que aconteceu?
A TOTVS anunciou, no dia 27/02, via fato relevante, que desistiu da aquisição da Linx. A empresa estava na fase final, que envolvia o envio de uma proposta vinculante. Em reportagens, foi mencionado que fontes próximas ao negócio afirmavam que havia somente mais um concorrente — a Constelation, empresa canadense de software — na disputa com a TOTVS, e que a transação seria avaliada entre R$ 3 bilhões e R$ 4,25 bilhões.
Nossa visão
Considerávamos a aquisição com bons olhos, pois entendíamos que ela fazia sentido estrategicamente, evidenciando claras sinergias entre as companhias, com uma expectativa de NPV de aproximadamente R$ 2,3 bilhões somente em sinergias, com base nos dados divulgados quando a TOTVS tentou adquirir a empresa em 2020. Além disso, diversos líderes da TOTVS já possuíam experiência prévia na Linx, como o CEO Dennis Herszhowicz. Contudo, acreditávamos que, para que a transação fosse vantajosa para a TOTVS, o múltiplo da operação deveria ser inferior ao múltiplo pelo qual a própria TOTVS negocia. Para mais detalhes, consulte nosso relatório (TOTVS (TOTS3): Atualização de possível aquisição da Linx)
Apesar disso, nossa recomendação era de Manter, pois o papel valorizou cerca de 15% com o rumor e acreditávamos que havia uma grande chance de a transação não se concretizar. Diante desse cenário, esperamos que o papel reaja negativamente amanhã, uma vez que grande parte dessa alta decorre da especulação em torno da possível transação. Embora acreditemos que a operação pudesse ser benéfica para a empresa, entendemos que a tese da companhia continua positiva e, dependendo da magnitude da queda da ação, poderemos atualizar a recomendação para Compra. O único motivo para nossa recomendação de Manter foi a questão do valuation, que foi inflado pela especulação sobre a transação