Resumo
A Vivo (VIVT3) divulgou seu resultado após o fechamento do mercado. A empresa apresentou um resultado robusto em linha com as nossas expectativas, marcado por: (i) ajuste de preços impulsionando receita móvel e fixa; (ii) desaceleração dos custos totais; (iii) surpresa positiva no lucro líquido. Sendo assim, seguimos nossa recomendação de COMPRA com o preço-alvo de R$55,00.
Análise do Resultado
Esse foi o primeiro trimestre com uma base anual comparável após a aquisição da Oi em abril de 2022. A empresa reportou uma receita operacional líquida de R$ 12,9bi (+7,6% a/a; +0,1%t/t), -1,2% abaixo das nossas expectativas.
O destaque positivo foi a receita móvel que registrou um incremento de 10,4% a/a e 2,8% t/t (+1,3% acima das nossas expectativas). O crescimento no segmento móvel foi estimulado pelo pós-pago, que aumentou 13,3% a/a por causa do churn mensal na mínima histórica (1,0%; -0,09 p.p. t/t). Outros fatores que impulsionaram a receita de serviço móvel foi o aumento de +930k acessos no pós-pago e especialmente, o reajuste anual de preço que aumentou o ARPU móvel em 11,3% a/a. Consideramos positivo que a Vivo conseguiu ajustar os preços e simultaneamente expandir sua base de clientes.
Em termos de receita fixa, o destaque principal foi para FTTH, que registrou +14,3% a/a marcado pelo ajuste anual dos preços. Ademais, houve um aumento sólido na base de clientes (760k novos clientes, +85 novas cidades, +15% a/a casas conectadas).
Custos totais desaceleraram na comparação trimestral (-1,7% t/t) devido a eficiência operacional, praticamente em linha com as nossas expectativas, chegando a R$-7,6bi. No entanto, houve um aumento significativo na comparação anual (+5,4% a/a), com destaque para COGS que cresceu +6,4% a/a devido a expansão da receita. Houve também aumento de +5,0% a/a nos custos operacionais – que atingiram R$5,3bi (+0,8% t/t) – devido principalmente a gastos atrelados ao segmento B2B.
O EBITDA fechou o trimestre em R$5,1bi (+11,1% a/a e +2,9% t/t, vindo -1,7% abaixo das nossas expectativas) e a margem EBITDA atingiu 39,9%, expandindo 1,24pp a/a (1,08 p.p. t/t) impulsionada pela performance do serviço móvel.
O lucro líquido nos surpreendeu positivamente, ficando bem acima das nossas expectativas (+28,0%), com um crescimento de 34,3% t/t e 50,3% a/a. Impulsionada por melhores margens operacionais e uma menor despesa financeira.