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    Publicado em 16 de Julho às 19:05:29

    VIVO (VIVT3) | Prévia 2T24: Reajuste no pós-pago deve impulsionar o resultado

    A Vivo divulgará seus resultados em 29/07/2024, após o fechamento de mercado. Esperamos um trimestre sólido, com uma dinâmica similar ao trimestre anterior. Acreditamos que a linha de serviços móveis continue a ser o principal driver de crescimento (+8,0% a/a), enquanto as receitas de serviços fixos e de aparelhos devem continuar com um crescimento sólido. Estimamos uma receita líquida de R$ 13,58b (+6,7% a/a) e um EBITDA de R$ 5,50b (+8,3% a/a), com margem de 40,5% (+0,6 p.p. a/a). Além disso, projetamos um lucro líquido de R$ 1,43b (+27,6% a/a), atingindo uma margem líquida de 10,5% (+1,7 p.p. a/a). No geral, seguimos com boas expectativas para o case e, dado a não alteração da tese da empresa e o upside de 18%, mantemos nossa recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 58,00 para o papel. 

    Análise do resultado

    Receita: pós-pago continua como capitão do time  

    Estimamos que a Vivo alcance uma receita líquida de R$ 13,58b no 2T24, o que representa um aumento de 0,3% t/t e crescimento considerável de 6,7% a/a. Continuamos a destacar o papel dos serviços pós-pago na receita da empresa, ressaltando o aumento em cerca de 50% da base de 6,5%, superando a inflação de 4,2% dos últimos 12 meses. Além disso, projetamos uma adição líquida de aproximadamente 990 mil acessos devido da estabilização do churn de 1,4% e da estratégia da Vivo de upgrade dos clientes dentro da base (de pré-pago para pós-pago). A partir disso, esperamos que o segmento pós-pago atinja R$ 7,31b (+8,3% a/a). Quanto ao segmento pré-pago, projetamos uma receita de R$ 1,52b (+6,4% a/a), impulsionada pelo aumento de 152 mil acessos na base. Em relação aos serviços fixos, prevemos uma receita de R$ 3,97b (+4,5% a/a) e vendas de aparelhos de R$ 0,77b (+4,0% a/a). Excluindo a linha de serviços móveis pós-pagos, não esperamos grandes catalisadores de resultado no 2T24 e prevemos a manutenção do mix de receitas da empresa. 

    Expectativa positiva para EBITDA e Lucro Líquido 

    Para esse trimestre, prevemos que a Vivo apresente EBITDA de R$ 5,50b (+8,3% a/a). A partir da desaceleração da venda de aparelhos, que têm margens menores para a empresa, e o crescimento considerável da receita de serviços móveis (+8,3% a/a) e serviços fixos (+4,5% a/a), projetamos um incremento de 0,6 p.p a/a na margem e chegando na margem EBITDA de 40,5%. Além disso, esperamos que a Vivo apresente lucro líquido de R$ 1,43b (+27,6% a/a) e margem líquida de 10,5% (+1,7 p.p a/a) 

    Capex e possível aquisição da Desktop 

    Estimamos que o Capex da Vivo no 2T24 atingirá R$ 2,13b (-1,5% a/a), representando 15,7% da receita líquida do período. Mantemos nossa projeção de que o Capex de 2024 se manterá nominalmente próximo ao de 2023. No entanto, destacamos como ponto de atenção uma possível aquisição estratégica pela Vivo. Em 29 de maio de 2024, a empresa confirmou que estava em negociações com a Desktop S.A., embora ainda não tenha sido formalizado nenhum acordo. Acreditamos que essa aquisição poderia iniciar um processo de consolidação no setor de internet de fibra óptica, trazendo benefícios significativos para a Vivo. Do ponto de vista financeiro, essa aquisição poderia ser uma possibilidade para acelerar o cronograma de investimentos da Vivo sem impactos significativos no guidance de remuneração do acionista, devido ao possível valor de negociação relativamente pequeno, estimado em R$ 1,8b mais algum prêmio para a Desktop. 

    Impacto da concessão ainda é incerto 

    A Vivo está atualmente na fase de assinatura dos termos dos acordos de concessão, envolvendo a própria empresa, a Anatel, o TCU e a AGU. No entanto, ainda não conseguimos avaliar os respectivos impactos, pois os termos ainda não foram efetivamente assinados e, consequentemente, não há detalhes específicos do processo. No momento, o processo já recebeu a aprovação final da Anatel e do conselho da Vivo, aguardando agora a aprovação do TCU e da AGU. Esperamos que isso seja concluído no início de setembro, o que proporcionará mais visibilidade sobre as negociações, valores e termos, permitindo nossa avaliação como isso poderá impactar os resultados e outros aspectos relevantes. 

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