A Vivo divulgará seus resultados em 31/10/2023. Esperamos um desempenho sólido no 3T23, com margens saudáveis, impulsionado principalmente pelo segmento pós-pago. A receita operacional líquida deverá crescer 1,1% t/t e 5,6% a/a, alcançando R$12,9 bi, novamente superando a inflação, com uma ligeira melhora sequencial nas margens EBITDA e líquida.
Durante o semestre, houve um aumento nos preços da base de clientes pós-pago, impulsionando a receita. Além disso, o ajuste de preço na aquisição da base móvel da Oi foi anunciado durante o trimestre, tendo um impacto positivo no resultado. Portanto, mantemos nossa recomendação de Compra, com um preço-alvo de R$55,00.
Análise das Nossas Estimativas
DRE Estimativas 3T23
Receita em Ascensão: Destaque para o Segmento Pós-Pago no 3T23
Em termos de resultados operacionais, a receita líquida dos serviços móveis deve se mostrar robusta, atingindo R$8,3 bi, com crescimento de 1,8% t/t e 7,3% a/a.
Mais uma vez, espera-se que a operação pós-paga seja a principal driver dos serviços móveis, com adições líquidas positivas de 635k e um ajuste de preço de cerca de 6-7% para 50% da base remanescente de pós-pagos. A receita deve crescer aproximadamente 2,8% t/t e 11,7% a/a, totalizando R$6,9 bi. O churn deve permanecer baixo, mesmo com o ajuste de preço.
A receita do pré-pago deve diminuir aproximadamente -3,1% t/t e -10,3% a/a, atingindo R$1,4 bi, com adições líquidas negativas de -1,4 mi. A receita de aparelhos deve crescer cerca de 2,0% t/t e 5,7% a/a, atingindo R$758 mi. Parte desse resultado se deve ao lançamento do novo iPhone, embora com impacto limitado, uma vez que as vendas começaram apenas no final do trimestre. No que se refere à receita core fixa, espera-se crescimento de 0,3% t/t e 7,9% a/a no 3T23, atingindo aproximadamente R$3 bi. A dinâmica de fibra deve permanecer positiva, com destaque para FTTH. Em relação à receita non-core de acesso legado, provavelmente veremos uma nova e acentuada queda, tanto t/t (-3,3%) quanto a/a (-15,9%), atingindo R$793 mi.
EBITDA: margens saudáveis e bom manejo de custos
Em relação aos custos totais, projetamos um leve aumento sequencial de 0,3% e um aumento de 6,0% na comparação anual, chegando a R$7,7 bi.
O PDD deve retornar a níveis mais normais após um 2T23 atípico devido aos serviços B2B, influenciados por empresas que entraram em recuperação judicial.
Outro fator que deve aliviar os custos é o ajuste de preço na aquisição da base móvel da Oi, anunciado na semana passada com o valor final ajustado de aproximadamente R$244 mi. Essa valor entrará na linha de outras despesas e receitas no resultado desse trimestre.
Como resultado, a linha do EBITDA deverá encerrar o trimestre em R$5,2 bi, com um crescimento de 2,3% t/t e 4,9% a/a. Projetamos uma margem EBITDA de 40,4%, representando um aumento de 0,47 p.p. t/t e uma diminuição de -0,24 p.p. a/a.
Lucro Líquido: mais um trimestre de crescimento sequencial
Projetamos uma queda sequencial de -23,0% e crescimento anual de 897,2% no resultado financeiro, para um lucro líquido de R$1,4 bi (+23,9% t/t; -3,3% a/a) com margem líquida de 10,8% (+1,98 p.p. t/t).