A Vivo divulgará seus resultados em 20/02/2024. Estamos otimistas em relação ao desempenho da Vivo, esperando um crescimento acima da inflação. Acreditamos que o segmento móvel será o destaque do trimestre, impulsionado pelos ajustes de preços. Outro aspecto positivo é a expectativa de melhora nas margens, resultado dos aumentos de preços, alavancagem operacional e o término do TSA. Apesar do nosso otimismo em relação à empresa operacionalmente, o preço da ação teve uma alta expressiva ao longo de 2023, e vemos um potencial limitado de valorização. Por isso, estamos rebaixando a recomendação de Compra para Manter, com um aumento no preço-alvo de R$55,00 para R$58,00.
Análise das nossas estimativas
Crescimento acima da inflação
Esperamos mais um trimestre de boa performance com crescimento de 5,9% a/a, acima da inflação (4,7%), com destaque para serviço móvel (+7,4% a/a), que foi impulsionado pelos aumentos de preços ao longo do ano e a estratégia de migração da pré-controle para o pós-pago. No segmento fixo esperamos por um aumento de 3,2% a/a, impactado positivamente pelo aumento de preços.
Expansão de margens
Acreditamos que haverá uma expansão de margem ao longo do trimestre, devido aos aumentos de preços, alavancagem operacional e fim do TSA. Porém acreditamos que a linha B2B deve impactar negativamente as margens, por ser um business com menores margens. Esperamos expansão de margem de EBITDA (+0,79 p.p. a/a) e lucro líquido (1,41 p.p. a/a). Projetamos um EBITDA de 5,7b (+8,0% a/a) e lucro líquido de 1,4b (+22,7% a/a).
Perspectiva 2024
Mantemos uma perspectiva otimista para 2024, impulsionada por um ambiente competitivo mais favorável, o qual tem possibilitado que a Vivo mantenha um crescimento acima da inflação, uma tendência que persiste desde a aquisição da Oi Móvel. Além disso, prevemos um aumento nos preços no primeiro semestre de 2024 devido ao repasse do ICMS. Observamos também a contínua estratégia da empresa em upsell, buscando maximizar o valor dos serviços oferecidos, e a expectativa de manutenção dos níveis atuais de churn. Além disso, esperamos um bom dividendo com um dividend yield de 7,6%, com a possibilidade de eles anunciarem mais devido redução de capital. Eles já anunciaram R$1,5b e podem reduzir seu capital em até R$5b nos próximos 2 anos.