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    Publicado em 17 de Abril às 17:38:57

    VIVO (VIVT3) | Prévia 1T24: Pós-pago continua sendo o destaque

    A Vivo divulgará seus resultados em 07/05/2024. Nossa perspectiva está otimista em relação ao desempenho da empresa. Estimamos uma desaceleração no crescimento de receita advinda de Serviços Fixos e Aparelhos Eletrônicos na comparação ano a ano, mas enxergamos crescimento considerável da linha de Serviços Móveis, compensando o volume total de receitas e garantindo aumento da receita superior a inflação. Além disso, ainda observamos o impacto positivo do término do TSA no resultado da Vivo. Seguimos otimistas com a empresa para o ano, com novos reajustes de preços e expectativas de uma boa remuneração aos acionistas, com 100% de payout (recompra + dividendos). Desde nossa mudança para Manter, a ação registrou uma queda significativa de 7,6%. Essa redução nos apresenta um upside interessante de 18,6%. Diante disso, estamos revisando nossa recomendação para Compra, estabelecendo um preço-alvo de R$58,00.

    Análise das nossas estimativas

    Receita impulsionada pelo pós-pago

    Estimamos para o 1T24 uma leve retração de receita de 0,2% t/t, tendo em vista a sazonalidade do período. Todavia, vemos com bons olhos o crescimento anual de receita da companhia, saindo de R$12,7b no 1T23 para nossa projeção de R$13,5b no 1T24 (+6,2% a/a) com 4% de inflação IPCA no mesmo período.  A Vivo não realizou ajuste de preços em 2024, entretanto o volume de receita foi compensado pelo carrego de reajustes feitos em 2023, no qual houve o aumento de aproximadamente 10% nos preços para quase toda a base de clientes dos serviços pós-pagos. Projetamos crescimento em todas as linhas de negócio da empresa, mas prevemos uma desaceleração nos Serviços Fixos (+1,2% a/a) e Aparelhos Eletrônicos (+2,6% a/a) devido ao maior volume de receita não recorrente no primeiro trimestre de 2023 ocasionado pelo (i) fechamento de contratos significativos no segmento B2B e (ii) lançamento de dispositivos high-end para venda. Quanto ao churn da companhia, prevemos que ele continue se mantendo em níveis baixos em linha com os últimos trimestres.

    Leve expansão de margens

    Acreditamos que o EBITDA atingirá R$5,3b (+7,6% a/a) com margem de 39,4% (+0,55 p.p a/a). Entendemos que haverá um crescimento desacelerado nos custos de serviços e produtos vendidos decorrente da menor participação das linhas de receita de Serviços fixos (-1,44 p.p a/a) e Aparelhos Eletrônicos (-0,22 p. p. a/a). Prevemos que a migração de uma proporção maior da receita para o segmento de Serviços B2B pode resultar em um impacto negativo na margem. Entretanto, a redução da taxa de inflação IPCA a/a provavelmente levará a uma desaceleração nos custos operacionais da empresa, por exemplo custos com pessoal. Além disso, o término do contrato de Transferência de Serviços de Apoio (TSA) com a OI, no qual a Vivo estava desembolsando R$50m até meados de 2023, deve resultar em uma leve expansão na margem EBITDA, prevista em +0,55 p.p a/a. Vemos o lucro líquido do 1T24 chegando a R$ 994m (+19,1% a/a), com uma margem líquida de 7,4% (+0,80 p.p.a/a).

    Capex em linha com o ano passado

    Para esse trimestre e restante do ano, estimamos que o Capex nominal seja semelhante com 2023, seguindo a dinâmica de phasing durante o primeiro trimestre, ou seja, menor volume no primeiro trimestre e maior investimento nos últimos. Dessa forma, prevemos no 1T24 um Capex de R$1,7b (+0,5% a/a).

    Perspectiva para o restante do ano

    Para 2024, mantemos uma visão positiva para a Vivo devido a capacidade de crescer a receita acima da inflação e continuar a ser uma boa geradora de caixa. Além disso, prevemos para este ano o reajuste de 66% da base clientes em abril e mais 33% no mês de setembro, ambos ajustes sendo feitos acima da inflação. Dessa forma, reforçando ainda mais a habilidade da empresa em estabelecer preços que estejam em sintonia com o desempenho financeiro. Ainda mais, esperamos um dividend yield de 8,1% para esse ano, com a possibilidade ser ainda maior devido à redução de capital. Inclusive, já foi aprovado pela Anatel o pedido de redução do capital social de até R$5b, do qual a primeira parcela de R$1,5b será paga em 10 de julho de 2024.

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