Resumo
A Vivo reportou seu resultado no dia 07/05, após o fechamento do mercado. A empresa continua a apresentar crescimento acima da inflação, registrando receita líquida de R$ 13,5b (+6,5% a/a), com ênfase no maior volume na receita de serviços móveis de R$ 8,7 (+9,3% a/a) e crescimento tímido de 1,6% na linha de serviços fixos, atingindo R$ 3,9b no 1T24. Apesar do bom ritmo da receita, percebemos uma desaceleração frente ao crescimento de 6,9% do 4T23 (-0,4p.p a/a) como ponto de atenção. O EBITDA atingiu R$ 5,3b (+6,8% a/a) e margem de 39,0% (+0,1p.p a/a), crescimento gerado pela maior representatividade de serviços móveis na receita total (56,8%) e impactado negativamente por maior custos e despesas. Além disso, a empresa reportou lucro líquido de R$ 897m (6,8% a/a), abaixo das nossas expectativas, devido a maiores despesas financeiras do que esperado. Apesar do lucro ter decepcionado, acreditamos que não afeta a tese, portanto, seguimos com recomendação de Compra com preço-alvo de R$58,00.
Análise do resultado
Receita acima da inflação, mas com ponto de atenção
A Vivo reportou uma receita líquida de 13,5b, ficando em linha com as nossas projeções (+0,3% vs. Genial Est), com um crescimento anual de 6,5% ao ano. A receita de serviços móveis atingiu R$ 8,7b no 1T24, refletindo um aumento de 9,3% impulsionado pelas (i) migrações do pré-pago, (ii) reajuste anual de preços e (iii) manutenção do churn histórico de 0,97%. No entanto, a linha de pré-pago apresentou crescimento tímido de 1,6% ao ano (+0,4% vs. Genial Est), atingindo o volume de R$ 3,9b. Enquanto isso, a receita de aparelhos teve aumento modesto de 3,1% em relação ao ano anterior (+0,5% vs. Genial Est), chegando a R$881m no 1T24, representando 6,5% da receita líquida total da Vivo. Apesar do crescimento anual de receita ter sido acima da inflação, notamos uma desaceleração frente ao crescimento anual de 7,0% a/a do 4T23 (-0,4p. p).
EBITDA em linha com as expectativas
No 1T24, o EBITDA atingiu R$ 5,3b (-0,8% vs. Genial Est), representando um crescimento de 6,8% ao ano. Devido ao maior crescimento da linha de serviços móveis (9,3% a/a), a margem EBITDA foi 39,0%, mostrando um ligeiro aumento de 0,10pp a/a. Mesmo com esse incremento, entendemos que houve a diluição dessa margem frente ao crescimento considerável da linha de PDD (+12,7% a/a), G&A (+9,2% a/a) e impacto negativo de R$ 129m advindo de Outras Receitas.
O lucro líquido reportado foi de R$ 897m (-9,9% vs. Genial Est), apresentando crescimento de 7,3% a/a. A margem líquida atingiu 6,6%, resultando num ganho estreito de 0,05p.p a/a por efeito da evolução do EBIT nesse trimestre (+13,6% a/a), porém diluída pela despesa financeira de R$ 687m (+4,5% a/a), maior do que esperada.
CAPEX e Fluxo de Caixa
O Capex apresentado pela empresa foi de R$ 1,9b (-10,6% vc. Genial Est), sendo equivalente a 13,8% da receita liquida do período. Tendo como foco o reforço a rede móvel, investimentos para a cobertura do 5G e expansão da rede de fibra. Além disso, a Vivo apresentou uma queda de 24,0% a/a no Fluxo de Caixa Livre, o qual foi impactado pelo maior Capex no 1T24 (+11,1% a/a) e por R$ 492m de créditos tributários compensados no 1T23.
