A Vivo reportou receita de R$ 14,0b no 3T24 (+7,1% a/a), em linha com as estimativas. Semelhante à dinâmica do trimestre anterior, o destaque foi o segmento de serviços móveis, que cresceu 8,5% a/a, impulsionado pelo pós-pago (+10,4%) e pelo aumento do ARPU (+3,5%). O pré-pago apresentou um crescimento mais modesto de 1,4% a/a, enquanto os serviços fixos geraram R$ 3,97b (+3,6% a/a), com destaque para o FTTH (+14,0% a/a).
O EBITDA e o lucro líquido superaram nossas expectativas, alcançando R$ 5,95b e R$ 1,67b, respectivamente, principalmente devido à dinâmica positiva no SG&A, além de um mix estrutural mais favorável à rentabilidade da empresa. Com isso, a margem EBITDA chegou a 42,4% (+0,2pp a/a) e a margem líquida a 11,9% (+0,7pp a/a).
Após a divulgação dos resultados, a Vivo anunciou por meio de fato relevante, uma nova redução de capital social de R$ 2,0b, representando um dividend yield de 2,3%, considerando o market cap da companhia em 05/11/24. Analisamos como positivo o resultado da Vivo e não enxergamos mudanças no case da empresa, com isso, mantemos nossa recomendação de Compra para o papel ao preço alvo de R$ 63,00 por ação
Receita mantêm tendência positiva
A Vivo reportou uma receita de R$14,0b no último período, apresentando crescimento de 7,1% a/a, alinhada com nossas estimativas e com o consenso do mercado. O principal destaque foi o segmento de serviços móveis, que avançou 8,5% a/a, impulsionado principalmente pelo crescimento do pós-pago (+10,4%), em função da expansão da base de clientes e do aumento do ARPU em 3,5% a/a, beneficiado pela migração do pré-pago. O segmento pré-pago, por sua vez, cresceu 1,4% a/a, devido ao aumento do ARPU de 3,7% a/a. No segmento de serviços fixos, a Vivo alcançou receita de R$3,97b (+3,6% a/a), com o destaque para o crescimento de 14,0% a/a no FTTH. A receita de aparelhos totalizou R$856m (+5,2% a/a), em linha com nossas expectativas.
Despesas numa dinâmica positiva e margem vem acima do esperado
O EBITDA apresentado pela Vivo superou nossas expectativas, alcançando R$ 5,95b no 3T24 (+3,2% vs. estimativa Genial), com uma margem de 42,4% (+1,3pp vs. Genial Est,). Apesar de uma base comparativa mais forte devido ao ajuste de preço da aquisição da Oi Móvel de R$ 175m no 3T23, a empresa reportou, neste trimestre, uma redução significativa de 11,3% a/a nas despesas gerais e administrativas, além de um crescimento de 4,9% a/a nas despesas comerciais, abaixo do que projetávamos. Adicionalmente, o impacto do mix de receita, com o segmento de serviços móveis registrando um crescimento expressivo de 8,8%, também contribuiu para a melhora da margem.
Apesar da despesa de leasing mais representativa nesse trimestre em virtude da renovação de contratos, o lucro líquido atingiu R$ 1,67b e ficou 11,3% acima das nossas projeções devido a um EBITDA superior ao que esperávamos. A margem líquida também foi positiva, alcançando 11,9%, superando nossa projeção de 10,7% para o trimestre (+1,2pp).
Redução de capital
A companhia anunciou uma nova redução de seu capital social, no valor de R$ 2,0b, o que representará um dividend yield de 2,3%, considerando o market cap da empresa em 05/11/24. A distribuição está prevista para ocorrer em 31/07/2025, caso seja aprovada.